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Análise Do Setor de Chás

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Words 4342
Pages 18
Relatório I Briefing de Pesquisa Feel Good – Chá líquido Professora Zilla Bendit

AE-2
Caroline Fernandes Celisa Sagae João Gustavo Rezende Luis Felipe Kita Piera Salviano Thais Garcia

Sumário
1
Sumário Executivo ......................................................................................... 1 1.1 Dados Fornecidos.................................................................................... 1

2 Análise dos Dados Fornecidos ....................................................................... 1 2.1 2.2 2.3 Marcas e Segmentos ............................................................................... 1 Canais de Distribuição ............................................................................ 4 Demografia ............................................................................................. 8

3 Análise dos Dados Secundários ................................................................... 10 4 Objetivos da Pesquisa................................................................................... 12 5 Problemas de Pesquisa ................................................................................. 13 6 Objetivos da Pesquisa................................................................................... 14 7 Problema de Marketing ................................................................................ 14 8 Definição do Público Alvo ........................................................................... 15 9 Referências ................................................................................................... 16 10 Anexos ...................................................................................................... 17

Relatório I – Briefing de Pesquisa – Feel Good

1 1.1

SUMÁRIO EXECUTIVO Dados Fornecidos Constatou-se, segundo os dados fornecidos pela Kantar Worldpanel, que a

marca, o sabor, o preço e os pontos de distribuição dos chás são atributos importantes para a análise da participação de mercado da Feel Good. Além disso, verificou-se que a classe social é também um fator de grande importância ao se avaliar o mercado de chás.

2 2.1

ANÁLISE DOS DADOS FORNECIDOS Marcas e Segmentos Em relação a aspectos relativos a marcas e segmentos mostrados na tabela

abaixo, pode-se afirmar que o chá: líder no mercado brasileiro é o representado pela

Percentual do Volume de vendas no Brasil Percentual de vendas 60,00 50,00 40,00 30,00 20,00 10,00 0,00 2010 2011 Ano Fonte: Kantar Wordpanel

Matte Leão, com participação crescente de mercado (46,38%) enquanto a segunda, Nestea possui 18,10 % de participação. Em 4º lugar encontra-se a marca do presente estudo; Feel Good é líder de mercado na região da Grande São Paulo (onde está 9,02% do consumo de chá líquido no Brasil), mostrando um crescimento

Feel Good Ma2e Leao Iced Tea Nestea 2012 Chá em pó

vertiginoso de 18,53 % para 62,21%. Além disso, percebe-se que o público alvo brasileiro de chá, consome o produto, em ordem de importância e participação, em garrafas plásticas, embalagem cartonada (TETRA PAK),lata e copo plástico enquanto o consumidor da Grande São Paulo prefere em ordem crescente de volume de compras, embalagens cartonadas a garrafas plásticas, copo plástico e lata. O ganho de mercado dos chás líquidos em São Paulo foi vertiginoso, indo de 41,32 % a 98,63 % atingindo preferência quase absoluta do público enquanto nacionalmente, tal proporção de gostos é maior (KANTAR

[Digite texto]

1

WORDPANEL, 2012) em relação ao produto líquido; por fim, os consumidores da Grande São Paulo preferem outros sabores de chá, que mostram uma relevância relativa nacional de 6%, contra 61,25 % no mercado da GSP, dado este que apresenta frequência anual no modelo analisado (KANTAR WORDPANEL, 2012). Quanto aos principais sabores procurados no Brasil temos: mate natural (31,26%), pêssego (26,35%) e limão (24,09%) (KANTAR WORDPANEL, 2012). De maneira inversa, em São Paulo, os mais procurados são outros sabores (61,95%), pêssego (19,14%) e limão (14,71%). A pesquisa deve, portanto, procurar evidenciar quais sabores estão contidos na categoria “Outros Sabores” e avaliar a preferência pela mesma. Quanto à frequência de compra, ela é mais alta quando consideramos o mercado nacional (onde o líder é, mais uma vez o Matte Leão), ligado ao consumo mais frequente em garrafas plásticas. Na Grande São Paulo, porém, há mais frequência o consumo em copos plásticos, sendo o chá Feel Good o mais consumido na categoria tipos de chás. As maiores frequências de compra estão na amplitude do mercado brasileiro, onde são comprados o Matte Leão sabor limão, em garrafas plásticas. Ao observar os dados relativos ao tipo de embalagem, relatou-se um pardoxo: enquanto no Brasil o consumo por garrafas plásticas apresentou maiores proporções de 2010 a 2012 (51,82% a 77,28% do total de chás consumidos), em São Paulo o consumo mostra maiores valores para embalagens cartonadas (22,31 % até 75,86%, dados de 2010 a 2012) (KANTAR WORDPANEL, 2012). Ainda, na Grande São Paulo, o valor de vendas relativo a garrafas plásticas apresenta menores índices, variando de 15% a 19% no mesmo período. Partindo destas informações, torna-se necessário saber por qual motivo os consumidores da Grande São Paulo, exclusivamente, preferem embalagens cartonadas a garrafas plásticas. Levando em consideração todos os dados acima descritos, podem ser feitas algumas considerações: Matte Leão é o chá mais vendido em todo o Brasil (em volume), pois é possível que, dado seu preço baixo preço e tendo em vista que a erva é fabricada no sul do Brasil (MEDIAMUNDO MARKETING, 2012) e , possivelmente, a escolha de vender em garrafas pode representar menor custo de embalagem, as vendas do produto alavancariam em todo o país; ainda, considerando que a Matte Leão pertence

Relatório I – Briefing de Pesquisa – Feel Good

a Coca-Cola,uma marca bem consolidada em todo mundo, a percepção do produto pode ter melhorado dada a aquisição; no mesmo sentido, dado o surgimento no mercado de mais marcas de chá líquido, o chá em pó entrou em declínio, possivelmente em virtude da maior praticidade daquele. Feel Good é o produto líder em São Paulo onde, na presente pesquisa, seria plausível identificar se os consumidores estão mais interessados nos benefícios do cháverde e tem baixa sensibilidade ao preço e, ainda, é de interesse verificar as razões para o maior consumo de embalagens cartonadas e sabores diferenciados (que não limão e pêssego, mais consumidos no Brasil), convergindo com os produtos e sabores propostos pela Feel Good. Isso leva a outro ponto, relativo ao sabor dos chás e as preferências dos consumidores. Enquanto os chás mais consumidos no Brasil em 2012 possuem o sabor natural (mate), combinados com limão (24,09%) e pêssego(26,35%), os chás verdes, segundo os dados da Kantar Worldpannel, apresentam um volume de litros de apenas 0,01%, enquanto1 outros sabores mostram 6,14% no mesmo ano. Na Grande São Paulo, o sabor mais representativo é “Outros Sabores” (representando 25% do volume consumido em litros). É importante procurar saber, então, qual o peso e o impacto do sabor na preferência de compras do consumidor, procurando descobrir se a preferência por outros sabores ou marcas decorre apenas do preço ou também do sabor ou ainda de ambos. Nesse ponto, é interessante saber ainda qual a percepção da marca na escolha do consumidor, isto é, verificar se a escolha decorre, primordialmente da imagem da marca ou se outros fatores (preço e/ou sabor novamente) também influem na decisão de consumo. Tal necessidade exsurge de observação realizada pelo grupo no supermercado1, em que, mais de uma vez, o consumidor passou pelas prateleiras e escolheu diretamente o chá pela marca, sem avaliar a embalagem, sabor ou preço Descartando-se a hipótese de que o preço do produto tem alta influência sobre a decisão de compra, não é preciso analisar fatores como o preço e o gasto médio por litro

O grupo, em observação no supermercado Extra (unidade da Avenida Brigadeiro Luís Antonio), observou que grande parte dos consumidores de chás pegavam as garrafas dos chás Mate Leão sem nem mesmo verificar preço ou sabor. A observação foi realizada entre as 18h00 e as 19h30 do dia 09/03/2013.

1

Relatório I – Briefing de Pesquisa – Feel Good

do produto na pesquisa, uma vez que o foco seria voltado para direções que tem maior potencial de apresentar resultados satisfatórios para confirmação (ou negação) das hipóteses levantadas acerca da participação de mercado do chá Feel Good. Outro aspecto

Percentual do volume de vendas na GSP 70,00 60,00 Percentual 50,00 40,00 30,00 20,00 10,00 0,00 2010 2011 Ano Fonte: Kantar Worldpanel

importante a ser explorado diz respeito ao ponto de venda do produto. O chá Feel Good, como já foi observado, pontos perdeu analisados

Feel Good Ma2e Le Iced Tea Nestea Chá em pó 2012

participação em todos os comparando-se os anos de 2011 e 2012 (KANTAR WORDPANEL, 2012). Para verificar a

razão para essa queda, deve-se buscar identificar o ponto de preferência do consumidor, avaliando quais chás ele adquire, em geral, em cada um dos pontos de interesse. Ademais, para verificação de possíveis compras fora do padrão de vendas, como compras esporádicas em bares ou consumo em restaurantes, a análise dos pontos de venda é de grande valia. 2.2 Canais de Distribuição Analisando o painel de canais de distribuição da Kantar, o grupo achou relevante criar uma base de dados que demonstra a parcela de mercado total de chá líquido entre as marcas Feel Good e Matte Leão (marca líder de mercado), tendo como base o canal utilizado. O procedimento foi criar três tabelas com o valor total em mil reais do mercado de chá líquido referente às duas marcas e seus canais. Dessa forma, os valores das tabelas referentes às marcas foram divididos pelos respectivos valores da tabela com o total do mercado de chá líquido. Assim, pode-se criar gráficos com a porcentagem que cada marca possui de parcela de mercado, tendo como referência os canais para compra do produto.

Relatório I – Briefing de Pesquisa – Feel Good

Valor em R$1000 - Total Chá Líquido 2010 BRASIL TOTAL AUTO SERVIÇOS HIPERMERCADOS SUPERMERCADOS T. VAREJO TRADICIONAL 19.543,8 3.153,2 16.390,6 1.782,3

2011

2012

17.686,5 1.918,5 15.768,0 1.349,4

19.374,7 2.137,2 17.237,5 2.110,4

Share value da Feel Good em relação ao total de chá líquido do mercado para cada >po de canal -­‐ Brasil 30% 25% Share Value 20% 15% 10% 5% 0% 2010 2011 Ano Fonte: Kantar Worldpanel

Hipermercados Supermercados Total Varejo Tradicional

2012

Relatório I – Briefing de Pesquisa – Feel Good

Share value do MaAe Leão em relação ao total de chá líquido do mercado para cada >po de canal -­‐ Brasil 2000% 1800% 1600% 1400% 1200% 1000% 800% 600% 400% 200% 0% 2010 2011 Ano Fonte: Kantar Worldpanel

Share Value

Hipermercados Supermercados Total Varejo Tradicional

2012

Dessa forma, constatou-se que a parcela de valor do mercado de chá líquido da Feel Good diminuiu significantemente nos hipermercados e supermercados, já no varejo houve um pequeno aumento em 2011, mas logo caiu em 2012. Por outro lado, o Matte Leão teve um aumento bem significativo nos supermercados e queda no varejo tradicional, visto que houve a compra da Matte Leão pela marca Coca. Em vista disso, uma das hipóteses analisadas é que a Feel Good pode perder distribuição nos principais pontos de varejo com a entrada do Matte Leão, demonstrando, assim, a força da marca Coca-Cola nos canais de distribuição. Segundo dados pesquisados, a marca tem potencial de atingir um milhão de pontos de vendas, contra os 45 mil atuais (D24AM, 2010). No entanto, após analisar do mesmo modo os dados de São Paulo, chegamos à um cenário completamente diferente do Brasil, o qual foi avaliado a cima. O método realizado foi o mesmo. Valor em R$1000 - Total Chá 2010 Líquido-SP TOTAL AUTO SERVIÇOS HIPERMERCADOS SUPERMERCADOS T. VAREJO TRADICIONAL 2.983,4 876,3 2.107,1 78,5 2011 1.037,1 377,1 660,1 117,9 2012 746,4 214,7 531,7 150,5

Relatório I – Briefing de Pesquisa – Feel Good

Share value da Feel Good em relação ao total de chá líquido do mercado para cada >po de canal -­‐ SP 80% 70% Share Value 60% 50% 40% 30% 20% 10% 0% 2010 2011 Ano 2012 Hipermercados Supermercados Total Varejo Tradicional

Share value do MaAe Leão em relação ao total de chá líquido do mercado para cada >po de canal -­‐ SP 45% 40% 35% 30% 25% 20% 15% 10% 5% 0% 2010 2011 Ano 2012

Share Value

Hipermercados Supermercados Total Varejo Tradicional

Analisando os gráficos acima, pode-se perceber uma situação completamente distinta da primeira encontrada. Em São Paulo, a parcela de valor de mercado da Feel Good aumentou tanto nos hipermercados como nos supermercados e, no varejo, onde ela nem existia, diminuiu um pouco em relação a 2011. Já o Matte Leão, praticamente, desapareceu do mercado, mantendo-se apenas no varejo tradicional. Aqui pode-se levantar a hipótese que a Matte Leão perde poder de distribuição nos principais hipermercados e supermercados da Grande São Paulo com a entrada da Feel Good. Dessa forma, a força da marca Wow Nutrition é maior nos supermercados e

Relatório I – Briefing de Pesquisa – Feel Good

hipermercados, já no varejo tradicional, a Coca-Cola destaca-se no Brasil e na Grande São Paulo. Uma vez que o chá Feel Good possui um preço mais elevado em relação aos outros chás, principalmente em relação a seu maior concorrente (Feel Good- R$4,00 e Matte Leão- R$2,50), não são todos que podem ter acesso a ele, optando assim, por um chá de valor mais barato. Uma das hipóteses para essa considerável diferença de cenário entre o Brasil é São Paulo pode ser o fato de que São Paulo possui uma maior concentração de renda, sendo a região onde as classes mais altas estão inseridas. Analisaremos o porquê dessa situação ao longo da pesquisa. Como citado anteriormente, São Paulo possui uma maior concentração de pessoas com alta renda, o que, além de interferir na compra também pelo da fator PREÇO, de possivelmente sofre interferência cultura alimentação mais regrada e a busca por produtos lights e naturais. Dessa forma, como a marca Feel Good passa uma imagem de produto saudável, os paulistanos comprariam tal marca em relação à marca de chá Matte, bebida que apresenta alto teor de açúcar e conservantes. 2.3
Fonte: Kantar Wordpanel

Demografia O mercado de chás tem

como

seus

maiores

consumidores os indivíduos das classes socioeconômicas A/B, que representam 79,7%

Relatório I – Briefing de Pesquisa – Feel Good

do volume das vendas de 2012 (KANTAR WORDPANEL, 2012). As classes C e D/E correspondem a 19,2% e 1,1% do volume de vendas, respectivamente, no mesmo período. Ao comparar as participações das classes socioeconômicas do Brasil com as de São Paulo, foi possível destacar que na estatística regional no período de 2010 a 2012, o consumo da classe A/B não foi tão regular como foi no mercado nacional (média de 80% do volume das vendas). Em 2011, apresentou uma queda de 14,3% no volume, enquanto no âmbito nacional houve um aumento de 1,2% nesse período, o que refletiu diretamente na participação das classes nos valores do mercado. A classe A/B não é sensível à mudança de preço do produto, logo o que a faria mudar seu consumo de determinado item, seria um outro produto com qualidades diferentes (COELHO e COELHO, 2011). Ao comparar o total do

mercado de chá pó e chá líquido tendo como base as porcentagens de volume e de valor de cada classe socioeconômica, foi possível constatar que tanto no ambiente nacional, quanto na GSP, os maiores consumidores são da classe A/B (média de 78,3% no volume do período para chá pó e 82,4% para chá líquido; e em relação à porcentagem
Fonte: Kantar Wordpanel

do valor, o chá líquido teve média de 82,7% de participação das classes A/B

e o chá pó apresentou 77,7%) (KANTAR WORDPANEL, 2012). Esse cenário de predominância da classe A/B também se repete no microambiente de São Paulo: chá líquido apresentou 80,8% de participação no volume e 89,8% de participação no valor e o chá pó apresentou média de 85% do volume para as classes A/B e média de 86,1% na representação do valor. Todavia, é necessário observar que em São Paulo, a partir de 2012, somente a classe A/B consumia chá pó: 100% do volume do período. Essa análise permite duas considerações: em primeiro lugar, a classe A/B é a principal consumidora de chá, seja

Relatório I – Briefing de Pesquisa – Feel Good

ele líquido ou em pó e, em segundo lugar, é possível constar que seu consumo é regular, principalmente o de chá líquido. Portanto, algumas hipóteses podem ser levantadas: haveria espaço no mercado para novos produtos focados nessa classe social? Ou seja, a classe A/B repetiria o seu padrão de consumo para o novo tipo de chá? E as participações das classes C e D/E estão muito baixas, há potencial para explorar esses nichos, fazendo produtos específicos mais baratos, que resultem em maiores porções por embalagem?

3

ANÁLISE DOS DADOS SECUNDÁRIOS Já apontamos no sentido de que é preciso explorar o impacto das classes socias

sobre o consumo de chás conforme dados apresentados pela Kantar Wordpanel. Segundo a última Pesquisa de Orçamento Familiar do IBGE (IBGE, 2009), as classes mais altas (rendimentos superiores a R$ 4.150,00), de fato, apresentam uma aquisição per capita superior às classes mais baixas (rendimentos até R$ 1.245,00). Confirma-se, portanto, que a classe social é um fator importante para a pesquisa na medida em que interessa saber sua influência sobre a escolha de consumo dos entrevistados. Vale notar, porém, que mesmo que as classes mais altas apresentem uma aquisição per capita superior, isso não significa que ela seja alta, já que chás correspondem a R$ 0,742 do orçamento familiar nas classes mais altas e R$ 0,367 nas classes mais baixas. Ainda assim, é relevante para a pesquisa determinar a classe social, para adequar-se às faixas de consumo. Não obstante a baixa participação no orçamento, o Brasil é um dos mercados com maior potencial de crescimento de chás prontos para beber no mundo (PAULA, 2012). De acordo com o Instituto AC Nielsen, em 2009 foram consumidos 60 milhões de litros, no País. O mercado de chás prontos para consumo cresceu 5,1% entre 2004 e 2009, valores baixos em relação a outras categorias. Entre 2010 e 2012, porém, o mercado de chás prontos para beber apresentou um salto, dominando 98% do mercado em 2012.

Relatório I – Briefing de Pesquisa – Feel Good

Apesar do crescimento, os números do mercado de chás, inclusive o consumo per capita, ainda são modestos se comparados aos de países onde a categoria existe há mais tempo, como nos Estados Unidos, por exemplo. O chá é multifuncional, porque acalma, esquenta ou refresca, dependendo da situação", segundo Renato Fukuhara, diretor de marketing de chás da Coca-Cola (VALOR ECONÔMICO, 2012). Assim, os consumidores tem percebido melhor o valor da bebida, aumentando-se o número de compradores. Segundo dados do IBGE (IBGE, 2009), cerca de 31,1% da população brasileira consome algum tipo de chá todos os dias. Apesar de não haver a discriminação do tipo de chá consumido, é possível perceber que a maior parte consome chás em sua residência sendo possível, então, considerar que o chá está na cesta de produtos básicos da maior parte da população brasileira. Dessa forma, é possível dar o primeiro passo na determinação do melhor local de venda e começar a analisar os melhores meios de distribuição (que, todavia, também

Fonte: IBGE – POF 2009

dependem de outros fatores e uma pesquisa mais profunda, inclusive e principalmente envolvendo dados primários).

Relatório I – Briefing de Pesquisa – Feel Good

Segundo o gráfico abaixo, percebe-se que a região da grande São Paulo e interior de São Paulo correspondem a quase um quarto da população nacional, responsáveis, porém, pelo consumo de aproximadamente 30% do consumo de chá (per capita) no nível nacional. Os números observados em São Paulo podem, pelo menos em parte, ser explicados pela população existente na região. Entretanto, se comparamos tal dado com os da tabela Kantar, veremos que, em volume os consumidores da Grande São Paulo consomem menos que os consumidores brasileiros. Tal dado pode ser explicado pelo fato de que os consumidores brasileiros consomem mais em garrafa, que tem menor custo e contem maior quantidade de mL, enquanto os da GSP em Tetra Pak.

População (%)

Consumo de Chá (%)
5%

8% 14% 11%

8%

28% 14%

6% 20% 14%

10% 14% 15% 16%

10%

6%

Nordeste Sudeste

Grande RJ Grande SP

Interior SP Sul

Centro-Oeste
Norte

Assim, por meio da análise de dados secundários, é possível levantar novas hipóteses sobre o consumo de chás e principiar a análise das hipóteses já levantadas.

4

OBJETIVOS DA PESQUISA O Objetivo da pesquisa no trabalho em questão é analisar os hábitos de consumo

dos consumidores da GSP, mais especificamente, descobrir por quais motivos os mesmos tem interesse no produto. Descobrir as preferências do consumidor pode revelar se os paulistanos buscam atualmente um consumo atrelado a causas sustentáveis ou mesmo buscam uma vida mais saudável. No âmbito da embalagem, desenvolver hipóteses que possam explicar a preferência por embalagens cartonadas, ao invés de latas e garrafas (item este que mostra preferência maior se considerarmos o público brasileiro).

Relatório I – Briefing de Pesquisa – Feel Good

Se considerarmos o chá em pó, é possível investigar também por quais motivos tal produto saiu da cesta de produtos dos brasileiros e paulistanos de forma radical, durante os anos de 2010 e 2012. Assim, analisando e verificando as hipóteses levantadas, é possível apontar caminhos para que sejam tomadas ações de marketing no desenvolvimento de produtos ou da marca Feel Good.

5

PROBLEMAS DE PESQUISA Tendo em vista os dados acima mencionados e comentados, põe-se, agora, uma

descrição sobre os possíveis problemas de pesquisa, resultante dos dados fornecidos da tabela Kantar Worpanel sobre o mercado de chás. Os dados relativos à demografia nos permite fazer alguns questionamentos, como: qual a influência das classes sociais sobre o consumo de chá líquido no Brasil, uma vez que as classes A/B apresentam maioria, enquanto D/E e C, proporções irrelevantes ao todo; as consumidoras que mais compram chás, em São Paulo e no Brasil, são mulheres de 40 anos ou mais, porém, não é possível afirmar que as mesmas são as consumidoras finais do produto, uma vez que a maior representação do consumo está nas famílias de 3 a 4 membros, não em famílias de 1 a 2 pessoas, ou seja, identificar se as mesmas são as consumidoras finais do produto, ou o são seus parentes. Quanto às informações estudadas relativas a marcas e segmentos, é interessante saber: por qual razão embalagens cartonadas são mais consumidas em São Paulo do que garrafas plásticas, uma vez que tal proporção é contrária se considerada em território nacional; entender as preferências de sabores dos consumidores da GSP, ou seja, o que está implícito em “outros sabores”, tipo de chá mais consumido nessa região; identificar os motivos pelos quais a marca Feel Good é líder em São Paulo somente, e se tal razão está de alguma forma ligada à atributos à marca como valores propostos de saúde, baixa caloria, entre outros. Se levarmos em consideração os dados que dizem respeito a Canais e Distribuição, o presente trabalho deverá analisar o motivo pelo qual os canais de distribuição nacional da marca são inferiores à líder, Matte Leão. Do contrário,

Relatório I – Briefing de Pesquisa – Feel Good

tomarmos somente os dados da GSP, identificaremos que a Feel Good mostra uma crescente participação de mercado em todos os canais de venda.

6

OBJETIVOS DA PESQUISA O objetivo da pesquisa é entender, através de uma análise exploratória, o que a

marca Feel Good de chás líquidos pode fazer para melhorar seu desempenho em âmbito nacional. Para isso, será preciso entender diferentes aspectos: se a embalagem interfere na percepção do consumidor em relação a marca, qual o motivo da classe D/E praticamente não consumir o chá líquido, identificar claramente quem são os consumidores , traçar o perfil do seu consumidor, que inclui a idade e preferência por sabor, entender o por quê da Feel Good industrializar apenas embalagens cartonadas e em lata e se o custo destas interfere nas suas vendas, apontar como a marca consegue ser a líder na grande São Paulo, gerando ao final evidências conclusivas para uma pesquisa futura. A pesquisa tem também como objetivo coletar informações sobre o comportamento do consumidor em relação à compra do principal concorrente da Feel Good, o Matte Leão pela CocaCola Company e se essa mudança afetou na forma como o consumidor percebe o chá Matte Leão e se pode ser aplicada ao Feel Good. Ao coletar os dados referentes a essas importantes questões, será possível conhecer melhor os gostos do consumidor e o posicionamento atual da marca e será possível identificar quais aspectos que podem ajudar a marca a melhorar seu desempenho no cenário nacional.

7

PROBLEMA DE MARKETING Levando em consideração a liderança da marca Matte Leão no mercado

brasileiro, procurar ferramentas que possibilitem o aumento do Market-share da marca estudada. Ainda, analisar se, com a criação de uma nova marca seria possível maior participação de vendas no mercado nacional.

Relatório I – Briefing de Pesquisa – Feel Good

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DEFINIÇÃO DO PÚBLICO ALVO A definição do público alvo é a parte mais importante para as decisões de

marketing de uma empresa, pois não importa o que a empresa faça se não for direcionada aos consumidores certos. No caso da marca Feel Good, seu público alvo são mulheres acima de 40 anos das classes A/B e A/B1.

Relatório I – Briefing de Pesquisa – Feel Good

9

REFERÊNCIAS COELHO, L. C.; COELHO, L. R. Notícias. Logística Descomplicada, 2011.

Disponivel

em:

. D24AM. Notícias Economia. D24am, 2010. Disponivel em:

. IBGE. Pesquisa de Orçamentos Familiares - POF. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, 2009. Disponivel em: . KANTAR WORDPANEL. Análise do Mercado de Chás na Grande São Paulo e no Brasil, 2012. Disponivel em: . MALHOTRA, N. Pesquisa de Marketing: Uma Orientação Aplicada. 4ª. ed. São Paulo: Bookman, 2004. MEDIAMUNDO MARKETING. Releases. Inteligemcia, 2012. Disponivel em: . PAULA, E. D. Acertando o passo - Chás. Revista Gôndola, 2012. Disponivel em: . VALOR ECONÔMICO. Atualidades. Associação Brasileira de Bares e Restaurantes, 2012. Disponivel em: .

Relatório I – Briefing de Pesquisa – Feel Good

10 ANEXOS O produto, quando encontrado no mercado Sta. Luzia é disposto na área de produtos naturais, como visto na foto 1 e 2. Também, no mesmo mercado e no Pão de Açúcar, sua disposição está à extrema direita, ao primeiro corredor denominado corredor de “Bebidas” (demais fotos). Também é destacada F uma fotografia do produto da concorrência.

Relatório I – Briefing de Pesquisa – Feel Good

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...Notas em Teoria dos Jogos e Informaçãoy Guilherme Hamdan Departamento de Economia, PUC-Minas e EPGE/FGV Emanuel Ornelas Departament of Economics, University of Georgia, USA 13 de novembro de 2006 Sumário 1 Introdução 1.1 O Que é Um Jogo? . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1.2 Os Elementos Básicos de Um Jogo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3 6 7 2 Jogos Estáticos de Informação Completa 11 2.1 Representação de Jogos Estáticos de Informação Completa: Forma Normal ou Estratégica. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13 2.2 Resolução de Jogos Estáticos de Informação Completa . . . . . . . . . . 17 2.2.1 Estratégias Estritamente Dominantes . . . . . . . . . . . . . . . 18 2.2.2 Estratégias Estritamente Dominadas . . . . . . . . . . . . . . . . 21 2.2.3 Estratégias racionalizáveis (análise de "melhores respostas") . . . 27 2.3 Equilíbrio de Nash . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 31 2.3.1 Estabilidade, existência e unicidade do equilíbrio de Nash . . . . 32 2.3.2 Equilíbrio de Nash e Eliminação de Estratégias . . . . . . . . . . 35 2.3.3 Equilíbrio de Nash com três jogadores . . . . . . . . . . . . . . . 38 2.3.4 Discussão do conceito de equilíbrio de Nash . . . . . . . . . . . . 39 2.4 Estratégias Mistas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 44 2.5 Aplicações . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 55 2.5.1 Oligopólio de Cournot . . . . . . ...

Words: 55141 - Pages: 221

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...MINISTÉRIO DA ECONOMIA E DO EMPREGO F ICHA TÉCNICA Í NDICE PROPRIEDADE Instituto do Emprego e Formação Profissional, I.P. DIRETOR Octávio Oliveira RESPONSÁVEL EDITORIAL Maria Fernanda Gonçalves COORDENADORA Lídia Spencer Branco APOIO ADMINISTRATIVO Ana Maria Varela COLABORADORES Ana Maria Nogueira, Ana Teresa Penim, Carlos Barbosa de Oliveira, Carlos Fonseca, Fernando Ferreira, J. M. Marques Apolinário, João Cotter Salvado, José Serpa de Vasconcelos, Maria João Ferreira, Nuno Gama de Oliveira Pinto, Ruben Eiras, Teresa Souto, Vanda Vieira e Vitalino José Santos REVISÃO Laurinda Brandão ILUSTRAÇÕES Paulo Cintra e Plinfo Informação, Lda. REDAÇÃO E ASSINATURAS Departamento de Formação Profissional Direção das revistas DIRIGIR&FORMAR Tel.: 21 861 41 00 Ext.: 662342, 662719 e 662106 Fax: 21 861 46 21 Rua de Xabregas, n.º 52 – 1949-003 Lisboa E-mail: dirigir@iefp.pt DATA DE PUBLICAÇÃO outubro de 2012 PERIODICIDADE 4 números/ano CONCEÇÃO GRÁFICA E PAGINAÇÃO Plinfo Informação, Lda. Tel.: 217 936 265 Fax: 217 942 074 plinfo@plinfo.pt CAPA Rita Henriques IMPRESSÃO PERES-SOCTIP Indústrias gráficas, S. A. TIRAGEM 20 000 exemplares CONDIÇÕES DE ASSINATURA Enviar carta com nome completo, data de nascimento, morada, função profissional, empresa onde trabalha e respetiva área de atividade para: Rua de Xabregas, n.º 52 – 1949-003 Lisboa REGISTO Anotada na Entidade Reguladora para a Comunicação Social DEPÓSITO LEGAL 348445/12 ISSN 2182-7532 Todos os artigos assinados são de exclusiva responsabilidade...

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...LUCIANA DE VITO ZOLLNER Comunicação do McDonald’s em Tempos de Crise: Educação como recurso de persuasão em textos publicitários MARÍLIA 2007 UNIVERSIDADE DE MARÍLIA FACULDADE DE COMUNICAÇÃO E TURISMO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM COMUNICAÇÃO LUCIANA DE VITO ZOLLNER Comunicação do McDonald’s em Tempos de Crise: Educação como recurso de persuasão em textos publicitários Dissertação apresentada à Universidade de Marília (UNIMAR), Faculdade de Comunicação, Educação e Turismo, para obtenção do título de Mestre em Comunicação. Área de concentração em Produção e Recepção de Mídia Orientadora: Dra. Lucilene dos Santos Gonzales MARÍLIA 2007 UNIVERSIDADE DE MARÍLIA FACULDADE DE COMUNICAÇÃO E TURISMO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM COMUNICAÇÃO Reitor: Márcio Mesquita Serva PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO FACULDADE DE COMUNICAÇÃO, EDUCAÇÃO E TURISMO Diretora: Dra. Suely Fadul Villibor Flory CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM COMUNICAÇÃO LINHA DE PESQUISA PRODUÇÃO E RECEPÇÃO DE MÍDIA ORIENTADORA PROFª DRª LUCILENE DOS SANTOS GONZALES UNIMAR – UNIVERSIDADE DE MARÍLIA NOTAS DA BANCA EXAMINADORA DA DEFESA DE MESTRADO LUCIANA DE VITO ZOLLNER Comunicação do McDonald’s em Tempos de Crise: Educação como recurso de persuasão em textos publicitários Data da Defesa: Banca Examinadora Profa. Dra. Lucilene dos Santos Gonzales Avaliação: _______________________ Assinatura: _____________________ Prof. Dr. Avaliação: _______________________...

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