Computação e Sociedade 2015/2016

Nº:

79181

FT 06 – Criminalidade Informática

Nome: Guilherme Branco

Q1: ... sobre os “Prédios do BES roubados online”. O jornalista está errado, pois o ataque causou de facto danos reais. Embora não tenha tido consequências monetárias para o BES (perda de dinheiro), teve uma serie de outras repercussões .
Primeiro que tudo, a empresa que fez o outsourcing perde de imediato credibilidade no mercado, assim como a confiança por parte de futuras empresas que os contratem. Segundo, o BES perde também a confiabilidade no que toca à venda de imóveis, pois os próximos clientes estarão mais receosos que o mesmo possa acontecer com os seus bens. Também os trabalhadores tanto de uma empresa como de outra sofreram com isto, pois viram a sua integridade posta em causa, pois como não se descobriu ao certo quem praticou a fraude , todos foram alvos de um escrutínio a fundo. Houve também o dano no que toca aos recursos movidos pela PJ que poderiam ter sido evitados caso esta situação não se tivesse verificado. O Instituto de Registo e Notariado também sai prejudicado deste cenário, pois a segurança dos seus servidores não é intransponível como achavam. Terão então de iniciar um novo processo de testes e medidas adicionais para que esta situação não se volte a repetir.
Primeiro que tudo, há que auferir se se trata de um crime mesmo havendo um autor identificado, para mais tarde perceber se esse factor é relevante. Em primeira instância trata­se de uma série de crimes informáticos (Lei 109/09)
, sendo os seguintes, acesso indevido e ilegítimo
, caso se trate de alguém de fora do IRN ou da empresa que fez o outsourcing, e falsidade informática
, visto que houve uma alteração na Base de Dados para valores falsificados. Em segunda instância trata­se também de um
Cibercrime
, sendo este a tentativa de burla
. Sendo evidente que se trata de um crime, resta saber se não havendo autor não existe crime. É uma questão bastante fácil de responder visto que o autor de facto existe, apenas não foi encontrado. Se realmente não houvesse um autor, não haveria o crime em primeiro lugar, os nomes dos proprietários dos imóveis não teriam sido alterados e não estaríamos nesta situação. Poderia ter sido colocada uma questão mais pertinente como a de
Victimless crime questiona se de facto há crime quando não há uma vítima. A prostituição é um
, que exemplo deste tipo de crimes sem vitima é de facto ilegal em certos sítios, fazendo dele um
, pois crime , porém não existem nenhumas vítimas . Porém neste caso específico do BES, já demonstrei no ponto 1) que existem vítimas que sofreram diversos danos com esta situação. Continua então a ser um crime, pois o autor de facto existe e deverá ser punido pelo sucedido.

Computação e Sociedade 2015/2016

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79181

FT 06 – Criminalidade Informática

Nome: Guilherme Branco


Q2: …sobre a Situação 8/Capítulo 3 (erro de programação é possível causa de falha de segurança)
1) O caso retrata uma situação em que eu sou um membro de uma equipa de desenvolvimento de aplicações, numa actualmente pequena empresa que cria software para a facturação de contas médicas. Após o lançamento do novo produto, detectei um pequeno glitch no código que pode causar enormes problemas de segurança caso descoberto, cria uma maneira
, pois de alterar os valores das facturas médicas. A correção deste erro demoraria cerca de 2 meses, e a nova versão deste software apenas seria lançada daqui a 5 meses. A questão é o que dizer ao gestor deste projecto na reunião. Esta situação, caso descoberta, poderá afectar a empresa pois está à espera de aprovação de crédito, os consultórios dos médicos, e a mim mesmo.
2) A primeira alternativa seria a mais óbvia, não contar nada ao gestor e esperar que o erro não fosse descoberto durante estes 3 meses. A segunda alternativa seria contar ao gestor do erro encontrado e arranjar a partir daí uma solução para o problema. Uma das opções seria procurar outsourcing de uma empresa mais numerosa e experiente, apenas para corrigir o erro o mais rapidamente possível, fazendo com que a minha empresa não se atrasasse no desenvolvimento da nova versão. Outra opção seria começar desde já o desenvolvimento de um patch para a correcção deste erro, porém, atrasando a nova versão do software.
3) A primeira alternativa seria em primeiro lugar, altamente arriscada, pois caso o erro fosse descoberto, abriria portas para uma série de crimes informáticos
, como o acesso ilegítimo

e indevido
, assim como a falsidade informática
, visto que se trata de uma enorme falha de segurança, custaria à empresa e aos consultórios grandes quantias perdidas. Para além de ser arriscado é altamente pouco ético até e imoral, omitir descoberta tão importante como uma esta, visto que poderá ter enormes repercussões. A segunda alternativa de contar ao gestor é a mais oral , pois a m e ética verdade e honestidade
, são valores que devem ser utilizados e preservados de forma a tornar a empresa mais transparente. Dentro desta alternativa, a primeira solução de contratar uma empresa de outsourcing é a mais sensata e com os efeitos mais rápidos de prevenir uma catástrofe. A segunda opção é mais barata, porém mais lenta.
4) Escolheria então a alternativa de contar ao gestor, propondo uma empresa de outsourcing especificamente para a correcção deste problema. Sendo esta a opção mais cara, porém a mais correcta e com efeitos mais rápidos.
5) Esperaria que o problema fosse corrigido no primeiro mês, fazendo de imediato o lançamento desse patch, de forma a controlar esta situação, sem prejudicar o tempo de desenvolvimento da segunda versão.