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Gestural Interfaces: a Step Backward in Usability

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Submitted By zecacegueta
Words 1513
Pages 7
“Gestural Interfaces:
A Step Backward In Usability”
Donald Norman; Jakob Nielsen

“Gestural Interfaces:
A Step Backward In Usability”
Donald Norman; Jakob Nielsen

Raquel Filipa Mora Esteves

Lisboa, 3 de Outubro de 2013

Raquel Filipa Mora Esteves

Lisboa, 3 de Outubro de 2013

Donald Norman e Jakob Nielsen encontraram juntos, muitos problemas no que diz respeito à boa usabilidade dos novos desenvolvimentos tecnológicos que nos rodeiam. Segundo o artigo “Gestural Interfaces: A Step Backward In Usability” é possível compreender em que aspectos as novas aplicações e os novos dispositivos, nomeadamente nos sistemas da Apple e Android, não estão preparados para funcionar correctamente.
De acordo com os dois autores, existem algumas normas que não estão a ser totalmente cumpridas, como a falta de directrizes estabelecidas para o controlo gestual, a insistência por parte das empresas em ignorar as convenções já estabelecidas e, também, o desinteresse por parte dos criadores em os testar da melhor forma, querendo essencialmente desenvolver e criar novos projectos inovadores. Norman e Nielsen concordam que é necessário avançar com as novas tecnologias, no entanto, as experiências têm que ser feitas e aprovadas, antes de tudo, em laboratório e, só depois, passarem aos seus utilizadores.
Assim sendo, existem vários princípios que são fundamentais no design de interacção, mas que no entanto, estão a desaparecer das directrizes da Apple, Google e Microsoft, sendo eles, a visibilidade, esta não está perceptível em algumas operações que fazemos no nosso dia-a-dia, por exemplo, eliminar e-mails não lidos, funciona de uma forma, mas quando estes já se encontram abertos, funciona de outra diferente. O mesmo problema de visibilidade também se verifica, por exemplo, com o botão “menu” no sistema Android, estando lá, era suposto fazer uma operação e que há um menu, no entanto, em algumas aplicações não há e, só descobrimos quando carregamos, sendo essa uma grande falha no sistema, carregamos em botões com o objectivo de fazer algo e eles na realidade fazem uma outra coisa. Na Apple e Android encontramos também problemas na opção “voltar atrás”, esta depende do programa, do equipamento e até do designer, sendo que, além desta opção não funcionar sempre da mesma forma, também funciona de forma incorrecta, pois muitas vezes queremos andar para trás apenas uma página e essa operação faz-nos sair por completo da aplicação.
Mais um princípio que desapareceu foi a descoberta, deixou de ser necessário ter que explorar o menu para chegar à aplicação pretendida, uma vez que a Apple e Android não fazem questão do uso de menus.
Outro problema detectado por Norman e Nielsen é a consistência e o padrão, como cada empresa quer seguir os seus próprios métodos, dificultam a vida dos utilizadores, complicando-a, pois em cada aplicação as imagens são tratadas de formas distintas, a forma de editar, ampliar, rodar, ou qualquer acção que tencionamos efectuar. Podendo ainda juntar a este tópico, um problema que também pode complicar a vida dos utilizadores, sendo ele, o tamanho dos ecrãs, ou seja, mudar essas mesmas imagens ou fazer qualquer operação através do toque, pode ser fácil em ecrãs de pequena dimensão e difícil em ecrãs de grande dimensão, e vice-versa, aumentando a probabilidade de haver erros, como um toque acidental, em pequenos ecrãs devido à proximidade e pequena dimensão dos itens e, em grandes ecrãs, porque é complicado estabilizar o aparelho e ainda fazer as operações, apenas com as nossas mãos.
Desta forma, a activação acidental é bastante comum no toque, o utilizador acaba por tocar em algo que não queria, ou mesmo em algo que pretendia mas que foi um pouco ao lado, assim sendo, o utilizador fica confuso, pois não entende de onde vem o erro. É então importante, que as novas tecnologias não se esqueçam de uma forma fácil e prática de como desfazer um erro cometido.
Segundo o artigo, todas as novas interacções podem ser eficientes, atractivas e até divertidas, é necessário é trabalha-las, desenvolvendo boas directrizes de usabilidade e, foi isso que os dois autores continuaram a investigar, passado cerca de um ano, a opinião já se tinha alterado um pouco em certos aspectos. Em relação aos aplicativos do iPad, estes já têm a opção “voltar atrás”, já é possível fazer um uso mais amplo de pesquisa, homepages e acesso directo aos artigos, tocando nas manchetes de primeira página. As aplicações também se tornaram mais consistentes e padronizadas, sendo a sua utilização mais acessível. Houve também um aumento em termos de uso, quer seja para jogar, consultar e-mails, ver filmes ou ler noticias, as pessoas já começaram a aderir com maior facilidade.
Ainda assim, passado um ano, ainda se encontram algumas falhas antigas, nomeadamente, o toque acidental em algumas aplicações; áreas demasiado pequenas para o toque; os utilizadores ainda não gostam de escrever no touchscreen, e por isso preferem um teclado físico para fazer registos; alguns ecrãs ainda são muito pequenos para leitura; os downloads nos telemóveis são mais lentos; alguns sites ainda não seguem as directrizes de usabilidade para dispositivos móveis; e, ainda falta consistência em algumas aplicações.
Posteriormente, em 2013, foi realizado um novo estudos em relação à usabilidade dos tablets, que melhorou bastante desde que tinham saído as aplicações do iPad. Muitos dos sites actuais já têm as directrizes necessárias para uma boa utilização nestes dispositivos, sendo necessário fazer apenas alguns ajustes.
Ainda assim, é necessário corrigir algumas falhas que não se alteraram muito com o passar dos anos, os utilizadores continuam com o toque acidental e é preciso encontrar uma forma de desfazer o erro, assim como resolver o problema da invisibilidade, pois os utilizadores não conseguem ver o que acabaram de fazer, ou às vezes onde deveriam tocar. Comparando com todos os problemas que foram encontrados no artigo “Gestural Interfaces: A Step Backward In Usability”, já são menos falhas a corrigir, sendo isso uma marca de desenvolvimento.
Ao longo dos anos temos assistido a uma enorme evolução tecnológica, não só nos aplicativos e sistemas, como também nos dispositivos, todos os meses nos deparamos com uma novidade nova. Concordo que todas elas têm que ser trabalhadas antes de passarem para os utilizadores, mas também nos cabe a nós, utilizadores, escolher a que mais nos convém. Num mundo cheio de escolhas, como o que temos actualmente, temos a oportunidade de verificar, entre tantas, a opção que mais nos agrada e que mais vai de encontro ao nosso perfil, tal como também temos que ter uma mente aberta à aprendizagem e não vivermos apenas com aquilo que já conhecemos e ficar por hábito no mundo que dominamos.
Há uns anos atrás os computadores eram mais lentos e não estavam acessíveis a qualquer pessoa, assim como os telemóveis, que faziam apenas o essencial e era raro quem tinha, era inclusive surpresa quem possuía estes dispositivos. A situação mudou tanto, que hoje, surpresa é quem não tem um computador ou um telemóvel e, estes tornaram-se tão acessíveis em termos de usabilidade, que até as crianças começaram a adquirir em idades bastante precoces, aliás, uma das qualidades dos sistemas é que são fáceis de usar e de apreender. Sendo que o importante é chegar a uma interface ideal, ou seja, aquela que estará adaptada às necessidades do seu usuário, esse sistema irá então permitir a qualquer um de nós realizar as suas tarefas mais rapidamente, com menos erros, com mais qualidade e também com maior satisfação.
É normal que o avanço das tecnologias nos deixem confusos nos primeiros contactos, por exemplo, quando apareceram os primeiros dispositivos em que as operações se faziam através do toque, a opção “voltar atrás”, foi muitas vezes a salvação do utilizador, mesmo que fosse necessário começar tudo do principio, hoje, certamente as coisas já se alteraram um pouco e, muito provavelmente, daqui a uns vinte anos, talvez nem isso, o que hoje para nós é estranho, vai ser o comum, pois vão aparecer mais novidades que vão fazer parecer estas simples e essas confusas e, daqui a quarenta anos, voltará a acontecer o mesmo, talvez poderemos chamar a isso, evolução.
Tal como Donald Norman e Jakob Nielsen, penso que para que o utilizador tenha uma experiência de qualidade, é necessário que haja uma boa ligação entre o design gráfico, a engenharia, o marketing e o design de interface e, se forem seguidas todas as directrizes de usabilidade, as novas tecnologias serão certamente uma mais-valia no nosso futuro.

Webgrafia:

Nielsen, Jakob and Norman, Donald (2010). Gestural Interfaces: A Step Backward In Usability. Acedido: 27 de Setembro de 2013, http://www.jnd.org/dn.mss/gestural_interfaces_a_step_backwards_in_usability_6.html

Nielsen, Jakob (2011). iPad Usability: Year One. Acedido: 28 de Setembro de 2013, http://www.nngroup.com/articles/ipad-usability-year-one

Nielsen, Jakob (2011). Mobile Content Is Twice as Difficult. Acedido: 28 de Setembro de 2013, http://www.nngroup.com/articles/mobile-content-is-twice-as-difficult

Nielsen, Jakob and Norman, Donald (2012). The Definition of User Experience. Acedido: 29 de Setembro de 2013, http://www.nngroup.com/articles/definition-user-experience Nielsen, Jakob (2013). Tablet Usability. Acedido: 29 de Setembro de 2013,
http://www.nngroup.com/articles/tablet-usability

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