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Submitted By dpgmd123
Words 1216
Pages 5
|Determinismo |
| |
|Página acima |

| | Determinismo e livre-arbítrio coexistem na vida, entrosando-se na estrada dos destinos, para a elevação e |
| |redenção dos homens. |
| |O primeiro é absoluto nas mais baixas camadas evolutivas |
| |e o segundo amplia-se com os valores da educação e da experiência. |
| | Acresce observar que sobre ambos pairam as determinações divinas, baseadas na lei do amor, sagrada e única, da |
| |qual a profecia foi sempre o mais eloqüente testemunho. |
| | Não verificais, atualmente, as realizações previstas pelos emissários do Senhor há dois e quatro milênios, no |
| |divino simbolismo das Escrituras? |
| | Estabelecida a verdade de que o homem é livre na pauta de sua educação e de seus méritos, na lei das provas, |
| |cumpre-nos reconhecer que o próprio homem, à medida que se torna responsável, organiza o determinismo da sua existência, |
| |agravando-o ou amenizando-lhe os rigores, até poder elevar-se definitivamente aos planos superiores do Universo. |
| |[pic] |
| | Havendo o determinismo e o livre-arbítrio, ao mesmo tempo, na vida humana, para compreender os guias_spirituais |
| |quando afirmam não lhes ser possível influenciar a nossa liberdade, não devemos esquecer que falam de expressão corpórea, |
| |em se tratando do determinismo natural, que prepondera sobre os destinos humanos. |
| | A subordinação da criatura, em suas expressões do mundo físico, é lógica e natural nas leis das compensações, |
| |dentro das provas necessárias, mas, no íntimo, zona de pura influenciação espiritual, o homem é livre na escolha do seu |
| |futuro caminho. Seus amigos do invisível localizam aí o santuário da sua independência sagrada. |
| | Em todas as situações, o homem educado pode reconhecer onde falam as circunstâncias da vontade de Deus, em seu |
| |benefício, e onde falam as que se formam pela força da sua vaidade pessoal ou do seu egoísmo. |
| | Com ele, portanto, estará sempre o mérito da escolha, nesse particular. |
| |[pic] |
| | O homem pode agravar ou amenizar o determinismo de sua vida. |
| | A determinação divina na sagrada lei universal é sempre a do bem e da felicidade, para todas as criaturas. |
| | No lar humano, não vedes um pai amoroso e ativo, com um largo programa de trabalhos pela ventura dos filhos? E |
| |cada filho, cessado o esforço da educação na infância, na preparação para a vida, não deveria ser um colaborador fiel da |
| |generosa providência paterna pelo bem de toda a comunidade familiar? Entretanto, a maioria dos pais humanos deixa a Terra |
| |sem ser compreendida, apesar de todo o esforço despendido na educação dos filhos. |
| | Nessa imagem muito frágil, em comparação com a paternidade divina, temos um símile da situação. |
| | O Espírito que, de algum modo, já armazenou certos valores educativos, é convocado para esse ou aquele trabalho de|
| |responsabilidade junto de outros seres em provação rude, ou em busca de conhecimentos para a aquisição da liberdade. Esse |
| |trabalho deve ser levado a efeito na linha reta do bem, de modo que esse filho seja o bom cooperador de seu Pai Supremo, |
| |que é Deus. |
| |O administrador de uma instituição, |
| |o chefe de uma oficina, |
| |o escritor de um livro, |
| |o mestre de uma escola, têm a sua parcela de independência para colaborar na obra divina, e devem retribuir a confiança |
| |espiritual que lhes foi deferida. |
| | Os que se educam e conquistam direitos naturais, inerentes à personalidade, deixam de obedecer, de modo absoluto, |
| |no determinismo da evolução, porquanto estarão aptos a cooperar no serviço das ordenações, podendo criar as circunstâncias|
| |para a marcha ascensional de seus subordinados ou irmãos em humanidade, no mecanismo de responsabilidade da consciência |
| |esclarecida. |
| | Nesse trabalho de ordenar com Deus, o filho necessita considerar o zelo e o amor paternos, a fim de não desviar |
| |sua tarefa do caminho reto, supondo-se senhor arbitrário das situações, complicando a vida da família humana, e adquirindo|
| |determinados compromissos, por vezes bastante penosos, porque, contrariamente ao propósito dos pais, há filhos que |
| |desbaratam os “talentos” colocados em suas mãos, |
| |na preguiça, |
| |no egoísmo, |
| |na vaidade |
| |ou no orgulho. |
| | Daí a necessidade de concluirmos com a apologia da Humanidade, salientando que o homem que atingiu certa parcela |
| |de liberdade está retribuindo a confiança do Senhor, sempre que age com a sua vontade misericordiosa e sábia, reconhecendo|
| |que o seu esforço individual vale muito, não por ele, mas pelo amor de Deus que o protege e ilumina na edificação de sua |
| |obra imortal. |
| |[pic] |
| | O determinismo divino se constitui de uma só lei, que é a do amor para a comunidade universal. Todavia, confiando |
| |em si mesmo, mais do que em Deus, o homem transforma a sua fragilidade em foco de ações contrárias a essa mesma lei, |
| |efetuando, desse modo, uma intervenção indébita na harmonia divina. |
| | Eis o mal. |
| | Urge recompor os elos sagrados dessa harmonia sublime. |
| | Eis o resgate. |
| | Vede, pois, que o mal, essencialmente considerado, não pode existir para Deus, em virtude de representar um desvio|
| |do homem, sendo zero na Sabedoria e na Providência Divinas. |
| | O Criador é sempre o Pai generoso e sábio, justo e amigo, considerando os filhos transviados como incursos em |
| |vastas experiências. Mas, como Jesus e os seus prepostos são seus cooperadores divinos, e eles próprios instituem as |
| |tarefas contra o desvio das criaturas humanas, focalizam os prejuízos do mal com a força de suas responsabilidades |
| |educativas, a fim de que a Humanidade siga retamente no seu verdadeiro caminho para Deus. |
| |[pic] |
| | Os animais e os homens quase selvagens nos dão uma idéia dos seres que agem no planeta sob determinação absoluta. |
| |E essas criaturas servem para estabelecer a realidade triste da mentalidade do mundo, ainda distante da fórmula do amor, |
| |com que o homem deve ser o legítimo cooperador de Deus, ordenando com a sua sabedoria paternal. |
| | Sem saberem amar os irracionais e os irmãos mais ignorantes colocados sob a sua imediata proteção, |
| |os homens mais educados da Terra exterminam os primeiros, para a sua alimentação, |
| |e escravizam os segundos para objeto de explorações grosseiras, com exceções, de modo a mobilizá-los a serviço do seu |
| |egoísmo e da sua ambição. |
| |[pic] |
| | Quando o homem educado se permite examinar a conduta de outrem, de modo leviano ou inconveniente, é sinal que a |
| |sua vigilância padece desastrosa deficiência, porquanto a liberdade de alguém termina sempre onde começa uma outra |
| |liberdade, e cada qual responderá por si, um dia, junto à Verdade Divina. |
| |[pic] |
| | Todo ser racional está sujeito ao erro, mas a ele não se encontra obrigado. |
| | Em plano de provações e de experiências como a Terra, o erro deve ser sempre levado à conta dessas mesmas |
| |experiências, tão logo seja reconhecido pelo seu autor direto, ou indireto, tratando-se de aproveitar os seus resultados, |
| |em idênticas circunstâncias da vida, sendo louvável que as criaturas abdiquem a repetição dos experimentos, em favor do |
| |seu próprio bem no curso infinito do tempo. |
| |[pic] |
| | Em todas as situações da existência a mente do homem defronta circunstâncias do determinismo divino e do |
| |determinismo humano. A circunstância a ser seguida, portanto, deve ser sempre a do primeiro, a fim de que o segundo seja |
| |iluminado, destacando-se essa mesma circunstância pelo seu caráter de benefício geral, muitas vezes com o sacrifício da |
| |satisfação egoística da personalidade. Em virtude dessa característica, o homem está sempre habilitado, em seu íntimo, a |
| |escolher o bem definitivo de todos e o contentamento transitório do seu “eu”, fortalecendo a fraternidade e a luz, ou |
| |agravando o seu próprio egoísmo. |
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