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Relatorio

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Título:
Observação microscópica de microrganismos eucariontes

Rute Lopes, nº 24
Cascais, 12 de janeiro de 2012

Índice * Título 1 * Data e Identificação. 2 * Índice. 3 * Introdução Teórica. 4 * Procedimento Experimental 8 * Discussão 10 * Conclusão 12 * Fontes 13

Introdução Teórica
Este trabalho, proposto pela professora de Biologia e Geologia, Ana Rosa Amorim, tem como objetivo, observar organismos eucariontes ao microscópio ótico.
O meu objeto de estudo foi os protistas, um grupo de organismos ao qual pertencem milhares de espécies que se distribuem por todo o planeta onde exista água doce ou salgada, desde as regiões polares às nascentes termais.
Apesar da grande biodiversidade atualmente existente no planeta terra, os biólogos consideram que os seres vivos existentes podem ser englobados em dois grandes grupos: seres procariontes e eucariontes. Os seres procariontes são constituídos por células procarióticas e os seres eucariontes são constituídos por células eucarióticas.
As células procarióticas são as mais simples, sem núcleo organizado e sem a maioria das estruturas celulares conhecidas; estão representadas pelas bactérias e cianobactérias. As células eucarióticas têm uma estrutura mais complexa, apresentando um núcleo organizado e organelos celulares; estão representadas em todos os restantes grupos de seres vivos. As células procarióticas têm dimensões muito reduzidas, já as células eucarióticas têm uma dimensão 1000 vezes superior á das procarióticas.
Ao analisar-se esta enorme biodiversidade surgem dúvidas em relação ao modo como estes seres vivos surgiram - em relação à existência de seres procariontes e seres eucariontes e, em relação à necessidade de que alguns organismos eucariontes tiveram para se tornarem multicelulares, ou seja, passarem a ser organismos constituídos por várias células organizadas e com funções específicas, enquanto outros permaneceram unicelulares, ou seja, constituídos por apenas uma célula.
Os primeiros registos fósseis conhecidos correspondem a organismos procariontes semelhantes a algumas das atuais bactérias, e que tal como estas, eram anaeróbios (não utilizavam oxigénio na sua respiração). Alguns desses seres unicelulares desenvolveram a capacidade de realizar fotossíntese, que conduziu à libertação de oxigénio para a atmosfera. Esta alteração na composição atmosférica levou ao desenvolvimento de um grupo de seres, semelhantes às atuais mitocôndrias com capacidade de aproveitar este gás para oxidar os compostos orgânicos e obter assim energia. Pensa-se que a limitação ainda existente em relação à realização simultânea de vários processos metabólicos, levou a que alguns grupos de procariontes evoluíssem e aumentassem a sua complexidade. Considera-se que muito provavelmente terão sido estes seres a estarem na origem dos organismos eucariontes.
Existem duas hipóteses que tentam explicar a origem dos seres eucariontes a partir dos procariontes: a Hipótese Autogénica e a Hipótese Endossimbiótica.
Segundo a Hipótese Autogénica, os seres eucariontes resultam de uma evolução gradual dos seres eucariontes. Esta hipótese pressupõem que o material genético do núcleo e dos organelos (sobretudo das mitocôndrias e cloroplastos) tenha uma estrutura idêntica, mas tal não se verifica. O material genético destes organelos tende a assemelhar-se mais com o das bactérias autónomas, do que o material genético presente no núcleo.
Segundo a Hipótese Endossimbiótica, admite-se que os sistemas endomembranares e o núcleo presentes nas células eucarióticas tenham resultado de invaginações da membrana plasmática e que as mitocôndrias e os cloroplastos seriam organismos autónomos. Estes organismos procariontes terão estabelecido relações simbióticas entre si, que conduziram ao aparecimento das células eucarióticas constituídas por vários organelos, alguns dos quais foram, em tempos, organismos autónomos.
O aparecimento de cloroplastos em parte das células eucarióticas é explicado segundo esta hipótese pelo estabelecimento de relações simbióticas de forma sequencial. Isto é, as primeiras relações simbióticas terão sido estabelecidas com os ancestrais das mitocôndrias e, só posteriormente algumas dessas células terão estabelecido relações de simbiose com os ancestrais dos cloroplastos.
Com o aparecimento dos seres eucariontes, a terra ficou povoada por uma grande diversidade. Os eucariontes ao reunirem diversas capacidades na mesma célula começaram a competir entre si pelo alimento e pelo espaço, o que levou ao aparecimento de um novo grupo de seres vivos – os organismos multicelulares. Estes organismos, constituídos por várias células eucarióticas terão surgido quando algumas das células geradas no processo de reprodução não se libertavam das células progenitoras após a divisão. Pensa-se que os ancestrais dos organismos multicelulares seriam simples agregados de seres unicelulares, que formavam estruturas designadas colónias ou agregados coloniais, nos quais, todas as células desempenhavam a mesma função. Ao longo do tempo estas células terse-ão diferenciado e adquirido uma função específica, originando verdadeiros seres multicelulares.
Atualmente existe um grupo de algas com diferentes graus de multicelularidade que se pensa representarem diferentes estados de associação ente células, semelhantes aos que conduziram ao aparecimento de organismos multicelulares.
A maioria dos autores considera estes organismos como colónias, pois embora sejam constituídos por diversas células, a sua diferenciação resume-se às células reprodutoras.
Segundo a classificação do mundo vivo em cinco reinos (Whittaker – 1969), um deles, classificado como Reino Protista, engloba organismos unicelulares (com alguns pluricelulares), microscópicos e cujas células são eucarióticas. Estes podem ser autotróficos ou heterotróficos. Podemos assim, dividir o Reino Protista em dois grupos: o das algas e o dos protozoários.
Em relação aos protozoários, organismos heterotróficos que podem obter os seus alimentos por absorção ou por ingestão, a sua classificação é baseada nas estruturas de locomoção que apresentam. Os principais filos de protozoários são: * O Sarcodina (sarcodíneos) que se locomovem através de pseudópodes, como por exemplo as Amoebas (fig. 1). Os pseudópodes (grego pseudo = falso; grego podos = pé) são expansões de citoplasma que permitem um lento deslizamento do organismo. Estes pseudópodes alongam-se e alargam-se, mudando assim constantemente a forma da célula durante o deslocamento. Estes podem ser livres, marinhos ou de água doce, assim como parasitas. Possuem um ou mais núcleos, vacúolos digestivos e vacúolos contrácteis (apenas nos de água doce).
No caso das Amoebas, estas não possuem carapaça enquanto os Radiolários e os Foraminíferos têm carapaças com formas bastante vistosas, feitas de calcário ou de sílica.
Estes organismos possuem reprodução assexuada por bipartição simples ou cissiparidade.
Fig. 1 – Imagem microscópica de uma Amoeba.

* O Mastigophora (mastigóforos) que se locomovem através de flagelos, também conhecidos como flagelados. Existem flagelados de vida livre e parasitas como o Trypanosoma (fig. 2). A reprodução destes organismos é sexuada ou assexuada por divisão longitudinal.

Fig. 2 – Imagem microscópica de um Trypanosoma.

* O Ciliophora (ciliados) que se locomovem através de cílios, como por exemplo a Paramecium (fig. 3), o Blepharisma (fig. 4), a Nyctotherus (fig. 5), o Stentor (fig. 6), o Spirostomum (fig. 7), o Colpidium (fig. 8), a Halteria (fig. 9) e a Vorticella (fig. 10), sendo o grupo mais altamente especializado. Os cílios são filamentos curtos que ocorrem em grande número por célula, enquanto, os flagelos são longos e cada célula apresenta muito poucos ou apenas um. Em ambos os casos, estes agitam-se coordenadamente e possibilitam a natação do organismo numa determinada direção. A maioria destes é de vida livre.
Os organismos deste filo possuem dois núcleos: macronúcleo, com funções vegetativas e micronúcleo, com funções genéticas de hereditariedade e reprodução.
A reprodução sexuada consiste no emparelhamento de duas paramécias, com fusão das membranas e em seguida troca de material genético dos micronúcleos. Depois as paramécias separam-se e reproduzem-se assexuadamente por cissiparidade.
Fig. 3 – Imagem microscópica de uma Paramecium.
Fig. 4 – Imagem microscópica de um Blepharisma.
Fig. 5 – Imagem microscópica de uma Nyctotherus.

Fig. 6 – Imagem microscópica de um Stentor.
Fig. 7 – Imagem microscópica de um Spirostomum.
Fig. 8 – Imagem microscópica de um Colpidium.

Fig. 9 – Imagem microscópica de uma Halteria.
Fig. 10 – Imagem microscópica de uma Vorticella.

* O Sporozoa (esporozoários) que, não possuem estruturas de locomoção. Os organismos deste filo são todos parasitas e apresentam uma reprodução assexuada por esporulação, na qual, uma célula divide o seu núcleo numerosas vezes, depois, cada núcleo com um pouco de citoplasma é isolado por uma membrana, formando assim vários esporos a partir de uma célula.
Fig. 11 - Imagem microscópica de um Plasmodium.
No seu ciclo vital, estes organismos, apresentam alternância de reprodução assexuada e sexuada. O principal género é o Plasmodium (fig. 11).
As células dos protozoários são capazes de executar todas as funções do organismo, o que nos seres pluricelulares é feito por células ou órgãos especializados.
Os protistas autotróficos, organismos microscópicos que constituem a maior parte do plâncton marinho. São de facto os mais importantes produtores desses ecossistemas, isto é, pela fotossíntese, produzem os alimentos que direta ou indiretamente garantem a vida de todos os demais seres. Estes são também denominados por algas.
As algas, pertencentes ao Reino Protista, agrupam-se por vezes em forma de colónias, sendo este o método mais comum de cooperação intraespecífica.
Existe uma enorme variedade de algas, que são representadas por diversas divisões, algumas das quais são: a divisão Chrysophyta (algas douradas e diatomáceas), a divisão Pirrhophyta (dinoflagelados), a divisão Euglenophyta (euglenas), a divisão Rhodophyta (algas vermelhas), a divisão Phaeophyta (algas pardas) e a divisão Chlorophyta (algas verdes).
As algas pertencentes à divisão Chrysophyta constituem os principais componentes do fitoplâncton marinho e de água doce. São organismos unicelulares de vida livre, coloniais ou filamentosos. Apresentam clorofila a e c, mas além disto, possuem caroteno e outros pigmentos que lhes conferem a cor dourada característica (criso - dourado). Podem conter ou não parede celular, mas quando possuem, é constituída por celulose. Alguns representantes apresentam escamas de sílica ou fibrilas de celulose entrelaçada, podendo ser impregnadas de minerais.
A divisão Chrysophyta apresenta duas classes, a classe Chrysophyceae (algas douradas) e a classe Bacillariophyceae (diatomáceas). Em relação à classe Chrysophyceae, as algas douradas, são representantes abundantes do plâncton marinho, contribuindo muito para a produtividade do plâncton. Estas apresentam revestimentos de sílica e estruturas de sustentação, que podem ser extraordinariamente elaboradas, sendo que, a maior parte destes organismos é unicelular e flagelado. Apresentam alguns representantes coloniais e, a reprodução assexuada é com formação de zoósporos (esporos móveis). Em relação à classe Bacillariophyceae, as diatomáceas, algas microscópicas que constituem os principais componentes do fitoplâncton marinho e de água doce. Para além de servirem de alimento para outros animais aquáticos, estas produzem a maior parte do oxigénio do planeta, através da fotossíntese. São na sua maioria espécies unicelulares ou coloniais. A parede celular, denominada de frústula, é constituída por sílica e substâncias pépticas. Após a morte das diatomáceas, as frústulas que são extremamente resistentes devido à presença de sílica, são depositadas no fundo de lagos ou mares. Nesta classe, os seres não apresentam flagelados. Exemplos de organismos pertencentes a esta classe são o Stephanodiscus (fig. 12), a Cyclotella (fig. 13), a Tabellaria (fig. 14) e a Pinnularia (fig. 15).

Fig. 12 - Imagem microscópica de um Stephanodiscus.
Fig. 13 - Imagem microscópica de uma Cyclotella.

Fig. 15 - Imagem microscópica de uma Pinnularia.
Fig. 14 - Imagem microscópica de uma Tabellaria.

As algas pertencentes à divisão Pirrhophyta (ou Dinophyta) são biflageladas unicelulares, na maioria, marinhas. São geralmente, amarelo acastanhadas ou amarelo esverdeadas. Esta divisão inclui os Dinoflagelados, que possuem paredes nuas ou com celulose. Algumas formas são heterotróficas, mas apresentam também uma parede espessa de celulose, o que nos permite enquadrá-las nesta divisão. Possuem dois sulcos em forma de cinta, cada qual apresentando um flagelo. O batimento destes flagelos provoca no organismo um movimento de pião.
As algas pertencentes à divisão Euglenophyta habitam em ambientes marinhos e de água doce. Um terço deste grupo possui cloroplastos, pigmento que confere cor verde, as outras são incolores e saprófitas.
Há uma série de semelhanças entre as Euglenófitas e os Flagelados, como a película envolvente, o facto de não terem celulose, que permite alterações da forma e movimentos ameboides, a presença de flagelos e de um vacúolo contráctil, além do tipo de divisão binária longitudinal. Por outro lado, a presença de cloroplastos afasta as Euglenófitas dos protozoários, aproximando-os das algas. As Euglenófitas são organismos quase sempre unicelulares, a maioria de água doce. O género mais comum é a Euglena (fig. 16), mas há muitos outros, como por exemplo o Phacus (fig. 17) e a Peranema (fig. 18).
Fig. 18 – Imagem microscópica de uma Peranema.
Fig. 17 – Imagem microscópica de um Phacus.
Fig. 16 – Imagem microscópica de uma Euglena.

Havendo luz e nutrientes inorgânicos, o processo de nutrição utilizado por estes organismos é a fotossíntese. Estes possuem um organelo fotossensível, o estigma, que orienta o organismo em direção à luz (fototactismo). Na ausência de condições para a fotossíntese, ocorre nutrição heterotrófica. As Euglenófitas representam um pequeno grupo de algas unicelulares que habitam, na sua maioria, em água doce.
Contêm clorofila a e b e armazenam carbohidratos sob forma de uma substância amilácea não usual, o paramido. As células não apresentam parede celular mas uma série de franjas proteicas flexíveis. O seu ciclo sexual não é conhecido.
As algas pertencentes à divisão Rhodophyta são vulgarmente chamadas de algas vermelhas (do grego rhodon= vermelho). Estas derivam, provavelmente, das algas verdes, pelo histórico fóssil encontrado. Estas algas são quase todas multicelulares e marinhas, principalmente em mares tropicais de águas transparentes, vivendo geralmente fixas a rochas ou a outras algas. Geralmente apresentam uma morfologia filamentosa, embora existam algumas unicelulares. A sua vida fixa é fundamental pois necessitam do movimento das marés para realizar as trocas gasosas eficientemente. Além da clorofila a e d, têm os pigmentos acessórios ficocianina (azul), ficoeritrina (vermelho) e carotenoides (amarelos e laranja). A presença do pigmento vermelho permite-lhes absorver a luz azul, podendo, assim, sobreviver a profundidades muito superiores às das outras algas.
As algas pertencentes à divisão Phaeophyta (algas pardas) são todas pluricelulares, não existindo organismos unicelulares. A sua característica cor castanha esverdeada vem do pigmento fucoxantina, além de possuírem também as clorofilas a e c. Praticamente são todas marinhas e, pertencem a este grupo as maiores algas conhecidas, como por exemplo as Laminárias. O Sargasso é também uma alga castanha, apesar de formar massas flutuantes, ao contrário da grande maioria, que vive fixa em rochas do litoral.
As algas pertencentes à divisão Chlorophyta, também denominadas por Clorofíceas (do grego khloros, verde; phycon, alga), são as algas mais comuns, ocorrendo vastamente em água doce e do mar, mas também em ambientes terrestres húmidos, sobre troncos de árvores e associadas a fungos, formando uma estrutura denominada Líquenes. Exemplos de algas pertencentes a este reino são: a Pandorina (fig. 19), o Pediastrum (fig. 20), a Eudorina (fig. 21), o Spirogyra (fig. 22), a Chlorella (fig. 23), o Zygnema (fig. 24) e a Mougeotia (fig. 25).
Fig. 21 – Imagem microscópica de uma Eudorina.
Fig. 20 – Imagem microscópica de um Pediastrum.
Fig. 19 – Imagem microscópica de uma Pandorina.

Fig. 23 – Imagem microscópica de uma Chlorella.
Fig. 22 – Imagem microscópica de um Spirogyra.

Fig. 25 – Imagem microscópica de uma Mougeotia.
Fig. 24 – Imagem microscópica de um Zygnema.

Apesar de parecerem parecidas, as algas Spirogyra, Zygnema, Mougeotia têm características bastante diferentes:
As células da alga Spirogyra têm um longo cloroplasto em forma de espiral, que ocupa todo o seu comprimento. A membrana do cloroplasto tem moléculas de clorofila;
As células da alga Mougeotia são todas iguais, dispostas topo a topo. Estas células são cilíndricas, visto a sua secção longitudinal ser retangular (o que só ocorreria em células cilíndricas ou prismáticas) e, a sua secção transversal ser circular, o que se comprova pela existência, entre as células, de uma secção em forma de lente;
A Zygnema é uma alga verde filamentosa com cloroplastos em forma de estrelas que estão presentes na parece celular.
Fig. 26 – Imagem microscópica de uma Chlamydomonas.
As algas desta divisão podem ser unicelulares ou pluricelulares, coloniais ou de vida livre. Possuem clorofilas a e b, carotenos e xantofilas. Pelo facto de a clorofila predominar em relação aos restantes pigmentos, estas são verdes. Apresentam o amido como substância de reserva e, a sua parede celular é composta por celulose. São consideradas as ancestrais das plantas terrestres e têm uma ampla distribuição pelo planeta. Algumas algas verdes podem viver em áreas congeladas como a Chlamydomonas (fig. 26), ou sob troncos de árvores ou barrancos húmidos. Certas espécies vivem em simbiose com protozoários, tais como as hidras, os fungos e os mamíferos (por exemplo, nos pelos da preguiça).
Alguns seres desta divisão apresentam colónias, como é o caso da Eudorina e da Chlamydomonas. A Eudorina quando em colónia, forma uma esfera gelatinosa com trinta e duas células na sua superfície, sendo que, cada célula apresenta individualmente dois flagelos e um cloroplasto côncavo - um pouco parecido com uma célula de Chlamydomonas. A Chlamydomonas pode formar colónias móveis por ação dos flagelos individuais. As células desta estão ligadas apenas por filamentos citoplasmáticos.
Para se poder observar os microrganismos eucariontes, foi utilizada uma infusão de material biológico. Sendo que, uma infusão, é uma forma de criar um ambiente artificial que assimile um ecossistema de seres, neste caso, seres do Reino Protista.
Quando numa infusão se utiliza água, esta, para que surja um ambiente similar a um ecossistema de seres, terá que ficar parada. Os microrganismos transportados pelo vento, pela chuva, etc., iram alugar-se nessa água e, criar um ecossistema. Deste modo, a água poderá ser rica em seres. Em contrapartida, quando a água está constantemente a ser renovada será relativamente pobre em organismos e dificilmente se criará um ecossistema de seres.
Para se realizar a observação microscópica dos microrganismos eucariontes, foi fundamental o desenvolvimento do microscópio ótico.
O microscópio ótico composto (M.O.C.) é um instrumento que permite obter imagens virtuais de pequenos objetos com bastante ampliação. Para se calcular o poder de ampliação, multiplica-se o poder de ampliação da ocular com o poder de ampliação da objetiva utilizada.
Ao utilizar um microscópio ótico, tem-se a possibilidade de se fazer observações de preparações microscópicas temporárias. As preparações temporárias permitem fazer a observação de células no seu meio normal de vida.
Por vezes, no estudo de microrganismos e de tecidos animais ou vegetais, temos necessidade de observar o material “in vivo” (ao vivo), no seu estado natural, sem uso de fixadores ou corantes que de algum modo criam sempre algo de artificial no material da observação.
A preparação temporária tem uma duração curta, isto porque pode ocorrer evaporação de meio aquoso, acompanhada de um processo de degradação da célula – decomposição – e autodestruição – autólise.
As preparações microscópicas são constituídas por lâmina de vidro, meio de montagem (água, soro fisiológico, entre outros, onde deve estar imerso o material a observar) e lamela.
Fig. 27 - Imagem legendada da montagem de uma preparação microscópica temporária.
Para se preparar uma preparação microscópica temporária (fig. 27) o material a observar é colocado entre a lâmina e a lamela: segurando a lamela, com a ajuda de uma agulha de dissecação, de modo a que ela faça um ângulo de 45º com a lâmina, deixa-se cair lentamente.

Procedimento experimental
Material:
* Lâminas * Papel de limpeza * Conta-gotas * Infusão de material biológico * Agulha de dissecação * Lamelas * Microscópio ótico * Placa de Petri * Folha A4 branca * Lápis e borracha
Método:
* Deixou-se repousar dentro de um recipiente, água com uma cana de bambu, durante alguns dias; * Foram criados grupos de trabalho para facilitar a realização da atividade; * Colocámos 1 lâmina sobre o papel de limpeza; * Com um conta-gotas, retirámos uma gota do líquido da infusão; * Colocámos a gota com o líquido da infusão na lâmina; * Cobrimos cuidadosamente, com a ajuda de uma agulha de dissecação, o meio de cultura com a lamela; * Iluminámos o campo do microscópio; * Colocámos a preparação sobre a platina do microscópio; * Rodámos o revólver de modo a colocar a objetiva de 40x na direção da preparação; * Subimos a platina, usando o parafuso macrométrico e olhando diretamente para a preparação, através da ocular; * Descemos a platina lentamente, olhando através da ocular com uma ampliação de 10x, e usando o parafuso macrométrico, até encontrarmos o objeto; * Logo que obtivemos uma imagem suficientemente nítida, retificámos a focagem com o parafuso micrométrico; * De seguida, fiz 1 círculo numa folha A4 com a ajuda de uma placa de Petri e, ao observar no microscópio ótico, fui esquematizando nesse círculo o observado (fig. 28).
Resultados:
Esquematização do observado ao microscópio ótico:

Discussão
Nesta aula, tive como objetivo observar microrganismos eucariontes ao microscópio óptico. Para tal, utilizei uma infusão de material biológico, um microscópio ótico, todo o material essencial para a montagem de uma preparação microscópica temporária e material de registo da imagem obtida.
Antes da realização desta atividade experimental, a professora teve o cuidado de colocar dentro de um recipiente, água com uma cana de bambu e, de o deixar repousar durante alguns dias, de modo a que se pudesse desenvolver dentro da água um ecossistema de seres. A utilização de infusão de material biológico nesta atividade experimental deve-se à necessidade de garantir a presença de microrganismos eucariontes no líquido.
Colocámos no microscópio utilizado, a segunda objetiva de menor poder de ampliação (40x), encontrando-se assim o objeto mais ampliado. Como a ocular do microscópio tem poder de ampliação 10x, a imagem estava ampliada 400x, pois 40x10=400x.
Na montagem da preparação microscópica temporária, foi possível observar alguns microrganismos eucariontes ao microscópio ótico. Sendo que, os seres observados e legendados com os números 1, 2 e 3 tratavam-se de protozoários, visto não apresentarem pigmentos fotossintéticos, com, capacidade de movimento e que por essa razão puderam pertencer ao filo Sarcodina, Mastigophora ou Ciliophora. Deste modo, alguns dos seres possíveis de corresponder a estes protozoários são: Amoeba, Trypanosoma, Paramecium, Blepharisma, Nyctotherus, Stentor, Spirostomum, Colpidium, Halteria e/ou Vorticella. Visto que os seres que observei apresentavam uma espécie de forma oval, exclui-se logo a hipótese de serem os organismos Amoeba, Trypanosoma, Stentor, Spirostomum e Vorticella, pelo simples facto de estes não serem ovais mas apresentarem sim, formas irregulares e diferentes das dos organismos observados. Excluí-se ainda assim a hipótese de ser o organismo Halteria, pois este é completamente arredondado. O ser legendado com o número 1 apresenta uma parte posterior mais larga e alongada pelo que, ao observar as imagens presentes na introdução teórica, me leva a pensar que este poderá corresponder ao organismo Colpidium, devido as restantes três não apresentarem esta característica. O ser legendado com o número 2, apresenta uma parte quase fina numa das extremidades do seu corpo, pelo que me leva a crer que poderá ser ou uma Paramecium ou uma Blepharisma, visto estes apresentarem esta característica. Relativamente ao ser legendado com o número 3, este é mais delgado e, apresenta também uma parte quase fina numa das extremidades do seu corpo. Por isto, visto que ambos os organismos Nyctotherus e Colpidium apresentam uma forma quase redonda, leva-me a crer que estes dois já não puderam corresponder a este ser. Das duas hipóteses restantes de organismos, segundo as imagens presentes na introdução teórica em relação à Paramecium e à Blepharisma, a Blepharisma parece apresentar maior diâmetro do que a Paramecium e, o organismo observado, como já referido, era delgado, ou seja, apresenta pouco diâmetro, destes dois o que mais se assemelha é a Paramecium.
Os seres observados com os números 4 e 5 correspondem a algas filamentosas, por terem a forma de filamentos delgados, compridos e apresentarem uma cor verde. Segundo isto, alguns dos seres que poderiam corresponder são: a Spirogyra, o Zygnema e/ou a Mougeotia. Destas três, a que mais se assemelha às duas algas observadas é a Mougeotia. Penso ser esta, pelo simples facto de, a alga Spirogyra apresentar um longo cloroplasto em forma de espiral e, a alga Zygnema apresentar cloroplastos em forma de estrelas, características às quais não observei em nenhum dos dois seres ao microscópio ótico. Para além disto, ambos os organismos observados, apresentavam uma secção transversal circular e os seus cloroplastos não tinham nenhuma forma específica, o que refuta ainda mais a minha ideia acerca do organismo observado ser uma Mougeotia porque, destas três, esta é a única com estas mesmas características.
A organismo assinalado com o número 6 apresentava uma forma arredondada e uma cor verde escura, que permitiu concluir que este se tratara de uma alga pois, os protozoários não apresentam pigmentos fotossintéticos. As suas características indicam-me alguns possíveis organismos, tais como a Pandorina, a Chlorella e a Chlamydomonas, pertencentes à divisão Chlorophyta. Ao observar as imagens presentes na introdução teórica da Pandorina e da Chlamydomonas, notasse claramente que estas encontram-se envolvidas por uma massa gelatinosa, ou seja, não apresentam pigmentos o que contrasta com o meio exterior, fazendo então com que seja possível definir o limite entre o meio interior do exterior dos organismos. Logo, já não puderam corresponder ao organismo observado, porque este não apresentava esta característica. Com isto, considero que o organismo 6 poderá ser uma Chlorella.
O ser assinalado com o número 7 apresentava uma forma arredondada e uma tonalidade verde, que permitiu concluir que este se tratara de uma alga pois, os protozoários não apresentam pigmentos fotossintéticos. Com base na sua forma arredondada e cor verde, os seres possíveis são: a Pandorina, a Eudorina e a Chlamydomonas. Como já havia sido referido, a Pandorina, ao observar-se a imagem presente na introdução teórica, é envolvida por uma massa gelatinosa, não apresentando deste modo pigmentos em seu redor, o que faz com que seja possível definir o limite entre o meio interior do exterior do organismo. O organismo observado, não apresentava esta característica, pelo que, a Pandorina já não poderá ser este. Visto que a Eudorina e a Chlamydomonas quando em colónia apresentam características semelhantes e difíceis de diferenciar ao microscópio, não consegui identificar qual destas duas poderia ser o organismo que observei.
Os seres representados com os números 8, 9, 10, 11, 12, 13, 14, 15 e 16 apresentam todos forma irregulares e, cor verde. Apesar de alguns apresentarem grandes dimensões em relação aos outros, estes parecem corresponder a um conjunto de microrganismos que se encontravam sobrepostos e por isso, de identificação mais complexa. Estes microrganismos, apresentam uma forma arredondada e uma cor verde, pelo que me leva a crer que estas células que se encontravam todas juntas poderam corresponder ou a algas Chlorella ou a algas Chlamydomonas. Pelo facto de, segundo as imagens da introdução teórica, a Chlorella apresentar uma cor mais escura que a Chlamydomonas, isto leva-me a crer que a que mais se assemelha a este conjunto de organismos é a Chlamydomonas por, os seres observados não apresentarem uma cor tão escura quanto a da Chlorella quando observados ao microscópio óptico. Estes seres, apesar de não estarem todos no mesmo sítio, apresentam células com as mesmas características umas das outras e, quando vistos ao microscópio ótico, a única coisa que se altera entre estes é a forma e o tamanho das células sobrepostas ou juntas umas às outras e, o número de células. Pelo que, me leva a crer que apesar da distância e do tamanho entre eles, só o facto de apresentarem células iguais já fazem parte do mesmo organismo, que neste caso penso que sejam células de Chlamydomonas.
No geral todos os microrganismos observados demonstravam possuir a estrutura assinalada com o número 17 o que deverá corresponder a organelos presentes no interior das suas células.
Posso afirmar que os seres observados, são eucariontes dado que de acordo com a ampliação microscópica utilizada (10X40=400x), só um ser eucarionte ficaria completamente visível. No caso de serem organismos procariontes, estes só seriam visíveis utilizando uma ampliação de 1000x.

Conclusão
Com os resultados obtidos nesta actividade experimental sobre os organismos eucariontes, pude verificar que de facto existe uma enorme diversidade de organismos.
Foi possível observar ao microscópio óptico protozoários e algas, sendo que, dentro dos protozoários foi possível observar alguns com movimento.
Verifiquei que os seres observados eram em maior parte algas, visto apresentarem pigmentos fotossintéticos e, verifiquei ainda a existência de seres multicelulares, unicelulares e de colónias como é o caso da Eudorina e da Chlamydomonas.
Com o realizar desta actividade experimental, aprendi a analisar diferentes tipos de protozoários e algas, o nome das espécies e aperfeiçoei alguns dos conhecimentos que tinha em relação ao surgimento dos seres eucariontes. Aprendi ainda que, com a utilização de uma infusão de material biológico se pode criar um ambiente artificial que assimile um ecossistema de seres, neste caso, seres do Reino Protista.
Como crítica ao realizar o relatório, devo referir a dificuldade que tive em conseguir identificar na discussão os organismos observados ao microscópio óptico.

Fontes
MATIAS, Osório; MARTINS, Pedro; 2009; Biologia 11; Porto; Areal Editores; (1ªEdição, 4ªReimpressão). http://www.biologados.com.br/botanica/taxonomia_vegetal/algas_protistas.htm (Introdução Teórica, acedido no dia 23 de dezembro de 2011) http://www.algosobre.com.br/biologia/reino-protista.html (Introdução Teórica, acedido no dia 23 de dezembro de 2011) http://www.brasilescola.com/biologia/protista.htm (Introdução Teórica, acedido no dia 23 de dezembro de 2011) http://educar.sc.usp.br/ciencias/seres_vivos/seresvivos6.html (Introdução Teórica, acedido no dia 29 de dezembro de 2011) http://educacao.uol.com.br/biologia/algas-2-caracteristicas-gerais-classificacao-e-reproducao.jhtm (Introdução Teórica, acedido no dia 29 de dezembro de 2011) http://sites.google.com/site/correiamiguel25/home (Introdução Teórica, acedido no dia 29 de dezembro de 2011) http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/algas/algas-4.php (Introdução Teórica, acedido no dia 29 de dezembro de 2011) http://www.simbiotica.org/ciclosdevida.htm (Introdução Teórica, acedido no dia 6 de janeiro de 2012) http://www.algosobre.com.br/biologia/algas-marinhas.html (Introdução Teórica, acedido no dia 6 de janeiro de 2012) https://www.google.com/#pq=ciclo+de+vida+das+algas&hl=en&cp=31&gs_id=1f&xhr=t&q=ciclo+de+vida+das+algas+unicelulares&tok=u--7WotEZM6NYc67Mxi83g&pf=p&sclient=psy-ab&source=hp&pbx=1&oq=ciclo+de+vida+das+algas+unicelu&aq=0w&aqi=q-w1&aql=&gs_sm=&gs_upl=&bav=on.2,or.r_gc.r_pw.,cf.osb&fp=9616a4a0f3c0cb68&biw=1280&bih=681 (Introdução Teórica, acedido no dia 6 de janeiro de 2012) http://faq.thekrib.com/pt/algae.html (Introdução Teórica, acedido no dia 7 de janeiro de 2012) www.tipos-mcn.fzb.rs.gov.br/webcompusat/colecao/fontes/index.php?s=39&c=representatividade (Introdução Teórica, acedido no dia 7 de janeiro de 2012) http://www.geocities.ws/pri_biologiaonline/sistematica_barnes.html (Introdução Teórica, acedido no dia 8 de janeiro de 2012) http://blogosferagg.blogspot.com/2009/03/reino-protoctista.html (Introdução Teórica, acedido no dia 10 de janeiro de 2012) http://www.infoescola.com/biologia/divisao-euglenophyta-euglenoficeas/ (Introdução Teórica, acedido no dia 12 de janeiro de 2012)

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...Em um escoamento em que os equipamentos não são perfeitos, há perdas de carga decorrentes do atrito e da turbulência pela passagem do fluido pelo bocal. Isso faz com que a velocidade real do escoamento seja menor que a velocidade teórica calculada.Assim ,é necessário um fator de correção que é manifestado na forma de Cd. O coeficiente de descarga [pic] é a razão entre a vazão real que escoa através do medidor e a vazão teórica, ou seja, é a relação da descarga real através do dispositivo para a descarga ideal. É notório também que o coeficiente de descarga é um adimensional. Sendo a descarga ideal (A* raiz( 2gH) ) obtida aplicando-se a equação de Bernoulli no reservatório. O coeficiente de descarga também pode ser escrito em termos do coeficiente de velocidade e do coeficiente de contração: Cd = Cv *Cc (1) Cv é determinado experimentalmente e é função do diâmetro do bocal, da carga hidráulica e da forma do bocal. Considerando: V= Cd * raiz(2gh) (2) Lembrando que vazão é a velocidade multiplicada pela área,na forma: Q=V*A (3) Então substituindo a equação (3 ) em (2), chega- se a equação: Cd = Q / A * raiz(2gH) = descarga real/ descarga ideal (4) Onde: A = seção reta do dispositivo (em m2 ou ft2); H = altura de carga total que causa o escoamento, em metros ou ft de fluido. Pode-se mostrar, através de uma análise...

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...máximo de 32. Não é uma linguagem de programação, pelo que a sua utilização não põe nunca em risco a integridade dos dados. Para além da visualização em ecran, também possibilita a produção de relatórios impressos ou ficheiros em disco, disponíveis para serem exportados para folhas de cálculo de Excel. © “luisp” 2004 3 CONCEITOS BÁSICOS O Query é … Um programa interactivo com ecrãs de pedido Um programa temporário ou permanente Um programa executado interactivamente ou por lotes Não utiliza nenhuma linguagem de programação Não altera a informação das bases de dados Os resultados são produzidos para ecrã, relatório impresso ou ficheiro, que pode ser exportado para o Excel ou ser reutilizado em consultas posteriores. © “luisp” 2004 4 INICIAR O QUERY/400 Comandos : WRKQRY (Menu Trabalhar com Consultas) STRQRY (Menu Query) GO QUERY (Menu Query) Através da linha de commandos © “luisp” 2004 5 MENU DO QUERY PRINCIPAIS FUNÇÕES DO QUERY/400 Criar uma consulta Especificar selecções de ficheiros Definir campos de resultados Seleccionar e sequênciar campos Seleccionar registos Seleccionar campos de ordenação Seleccionar sequência de ordenação Especificar formatação de colunas de relatório Seleccionar funções de resumo de relatório Definir quebras de relatório Seleccionar tipo e forma de output Especificar opções de processamento © “luisp” 2004 6 OPÇÕES DE TRABALHO Opções : 1 = Criar 2 = Alterar 3 = Copiar 4 = Eliminar 5 = Visualizar 6 = Imprimir...

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How to Valuate a Is

...Universidade Federal de São Carlos - Campus Sorocaba Sistemas de Informação Atividade Individual Docente: Prof. José Geraldo Vieira Discentes: Victor Bartholi G. Moura RA: 353515 Janeiro 2013     A) 1) Poderíamos desenvolver o MIS para atividades usuais como o Balanço Mensal da empresa ou relatórios de assessores (em treinamento), por exemplo. Esse seria um MIS mais gerencial, mas um outro voltado para o Marketing também poderia ser utilizado para, por exemplo, Pesquisas de Mercado na cidade de Sorocaba. Justamente com um MIS, um DSS poderia ser usado para apoio às decisões no Balanço Mensal, uma vez que este é composto por relatórios mais rotineiros e muitas informações por meio de gráficos para a verificação do desempenho da empresa. Por fim, uma boa prática seria o desenvolvimento de um GDSS para o Planejamento Estratégico da empresa, já que envolve a decisão conjunta de um grupo relativamente grande de membros. 2) O objetivo principal desses sistemas seria auxiliar a consolidação de atividades usuais, dando suporte às tomadas de decisão, bem como estruturar problemas mais complexos e fornecer as informações necessárias para a execução de ações e decisões de superiores ou mesmo de um grupo maior. 3) Relação  de  atividades   Realizadas   Banco  de  Dados  de   Projetos   Sistemas  MIS   Banco  de  Dados  dos   Membros   Relação  de  Atividades   Desenvolvidas   Relação  de  Carga...

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Risk

...r e l at ó r i o a n u a l 2008 1 Sulamérica Relatório Anual 2008 introDuÇÃo Desde sua fundação, a SulAmérica presta contas de suas atividades, tendo divulgado seu primeiro Relatório Anual em 1896. Ao longo da sua história, a companhia passou por várias transformações, sem nunca deixar de privilegiar a melhora continua na comunicação com seus acionistas, clientes, fornecedores, colaboradores e demais partes interessadas. Além de divulgar seu Relatório Anual com a descrição de suas atividades e informações a respeito do seu desempenho operacional, econômico e financeiro, a SulAmérica, desde 2002, publica também seu Balanço Social, com intuito de oferecer uma visão geral a respeito de suas iniciativas no campo das atividades socioambientais, com respaldo do instituto Brasileiro de análises Sociais e econômicas – iBaSe. Com seu ingresso no mercado de capitais, no final de 2007, a companhia passou a apresentar informações mais detalhadas sobre suas operações, além de contar com uma ampla análise gerencial dos seus resultados e demonstrativos financeiros. o relatório anual da Sulamérica de 2008 adota a terceira geração de diretrizes e indicadores propostos pela Global reporting initiative (Gri), organização não-governamental internacional, que desenvolve e dissemina diretrizes para elaboração de relatórios de sustentabilidade utilizados voluntariamente por empresas do mundo todo. a partir deste ano, a publicação passa a ser totalmente on-line, contribuindo para que sejam...

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Jbnkvfdsakv

...executivos em flash, em Dezembro de 2014 e Janeiro de 2015 e um acordo verbal (mas informal) foi alcançado em matéria de taxas, prazos, escopo, etc. Sua empresa decidiu que análises adicionais são necessários antes de finalizar os detalhes do compromisso ( assumir que é agora o final de janeiro de 2015). No anexo I, você encontrará (1) um memorando do gerente de auditoria da sua empresa para os arquivos de planejamento em relação à informação de fundo, (2) um artigo da indústria, (3) os rácios da indústria, e (4) o projecto de relatório anual para o ano fiscal ano de 2014 que o Flash tem preparado. 1. Realize uma análise de risco de Flash Technologies e documentar as suas conclusões num relatório escrito. Use o modelo Quadro 1, desde nas próximas duas páginas. O modelo é organizado pelo General Business Riscos e indústria (por exemplo ventures estrangeiras, de alta tecnologia, etc.) utilizando apenas as informações previstas no caso (por exemplo, memorando, relatório anual, e artigo), identificar os objectivos-chave de negócios e estratégias e, em seguida, mapear os no modelo de negócio os riscos para o efeito potencial sobre o plano de auditoria. 2. Os auditores devem avaliar especialmente o risco de distorção relevante causada por erro ou fraude. Use o modelo Tabela 2 nas próximas duas páginas. Este modelo é organizado pela Riscos de Contabilidade Financeira (por...

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Controller Paper

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Análise Do Setor de Chás

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...OBJECTOS DE NEGÓCIO – FICHEIROS/TABELAS 6 1- MODELO DE NEGÓCIO A empresa que seleccionamos para desenvolver o modelo de negócio de sistemas de informação, está ligada à venda de livros usados de banda desenhada num site on-line. O site vai-se chamar Regresso ao passado. O site Regresso ao passado tem como objecto de negócio a promoção e comercialização de livros usados de banda desenhada para todos os apaixonados pela literatura aos “quadradinhos”. Utilizando como base a descrição da 1ª ficha já apresentada, sobre o nosso modelo de negócio, pretendemos apresentar a modelação do nosso negócio. Neste sentido vamos desenvolver uma ferramenta que nos permita consultar a gestão dos livros, dos clientes e respectivas encomendas, criar relatórios das vendas e disponibilidades, emitir notas de encomenda do livro adquirido com data prevista de entrega, cruzar dados do cliente para posteriores acções de mailing. 2. ANÁLISE E ESPECIFICAÇÕES DO SISTEMA – MODELO DE NEGÓCIO 2.1. INTRODUÇÃO Havendo ainda hoje em dia, tantos aficionados da célebre literatura aos “ Quadradinhos” mais vulgarmente conhecido por banda desenhada, é de todo pertinente termos a vontade de fazermos uma espécie de viagem ao passado, revivendo emoções que tanto nos alegraram e que queremos compartilhar com as gerações do ontem e do amanhã. Neste sentido pretendemos elaborar uma ferramenta que permita em simultâneo com o site, agilizar todos os factores necessários que nos permitam atingir o nosso propósito...

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