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Sumol Compal

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Words 2429
Pages 10
Análise do Relatório de
Contas do ano 2013 da
SUMOL+COMPAL, S.A.
Demonstração de Resultados – Parte III
Contabilidade Financeira II
Trabalho realizado por:
- Maria Cunha

Nº150114026

- Filipe Ambrosio

Nº150114054

- Mariana Santos

Nº150114173

- Rui Diogo Martins Nº150144166

Turma 6
24 de Abril 2015

DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS
Vendas e prestações de serviços
Custo das vendas
FSE
Gastos com pessoal
Outros operacionais
RESULTADOS OPERACIONAIS BRUTOS (EBITDA)
Provisões e perdas por imparidade
Amortizações e depreciações
RESULTADOS OPERACIONAIS (EBIT)
Resultados financeiros exceto juros suportados
Resultados não recorrentes
RESULTADO ANTES ENC. FIN. E IMP. (RAEFI)
Juros suportados
RESULTADOS ANTES DE IMPOSTO (RAI)
Imposto sobre o rendimento
RESULTADOS LÍQUIDOS (RL)
Interesses sem controlo
Acionistas Grupo

2013

2012

2013

(Milhares €)
(Milhares €)
301 663
295 654
-145 428
-144 161
-87 684
-87 339
-35 102
-35 352
6 178
8 971
39 626
37 773
-360
-1 236
-14 636
-14 344
24 630
22 194
-3 637
-3 161
-56
-941
20 937
18 091
-16 472
-17 103
4 464
988
-61
-113
4 403
875
-152
-54
4 555
929

Outros rendimentos e ganhos
Ganhos em alienações de ativos tangíveis
Reversões de perdas por imparidade

10 136
-38
-1 210

13 537
-99
-817

Rendimentos operacionais corrigidos

8 889
-2 805
94

-4 690
1 040

Gastos operacionais corrigidos

-2 711
8 889
-2 711

6 178

8 971

Provisões e perdas de imparidade
Reversões de perdas por imparidade

-1 570
1 210

-2 052
817

-360

-1 236

Ganhos em alienações de ativos tangíveis
Perdas na alienação de ativos tangíveis

38
-94

99
-1 040

Resultados não recorrentes

-56

-941

Resultados financeiros
Juros de financiamento suportados
Juros de instrumentos financeiros derivados (swaps)
Juros de financiamento obtidos

-20 110
12 831
3 776
-134

-20 265
14 195
2 917
-9

Resultados financeiros exceto juros suportados

-3 637

-3 161

Juros de financiamento suportados
Juros de instrumentos financeiros derivados (swaps)
Juros de financiamento obtidos

-12 831
-3 776
134

-14 195
-2 917
9

Juros suportados

-16 472

(%)
2,0%
0,9%
0,4%
-0,7%
-31,1%
4,9%
-70,8%
2,0%
11,0%
15,1%
-94,0%
15,7%
-3,7%
352,0%
-46,0%
403,4%
180,3%
390,4%

12 621
-3 650

Outros operacionais

2013 / 2012
(Milhares €)
6 009
-1 268
-345
250
-2 793
1 853
875
-292
2 436
-476
885
2 846
631
3 476
52
3 529
-98
3 626

-3 650

Rendimentos operacionais corrigidos
Gastos operacionais corrigidos

(%)
100,00%
-48,76%
-29,54%
-11,96%
3,03%
12,78%
-0,42%
-4,85%
7,51%
-1,07%
-0,32%
6,12%
-5,78%
0,33%
-0,04%
0,30%
-0,02%
0,31%

12 621

Outros gastos e perdas
Perdas na alienação de ativos tangíveis

2012

(%)
100,00%
-48,21%
-29,07%
-11,64%
2,05%
13,14%
-0,12%
-4,85%
8,16%
-1,21%
-0,02%
6,94%
-5,46%
1,48%
-0,02%
1,46%
-0,05%
1,51%

-17 103

Provisões e perdas de imparidade corrigidas

Nota 26
Não recorrentes
Imparidade

Nota 30
Não recorrentes

Análise dos Rendimentos e Gastos da Sumol+Compal, S.A
Na presente análise e tendo em conta a atividade levada a cabo pela empresa
Sumol+Compal, S.A, aquando do estudo do EBITDA salienta-se o valor total de rendimentos operacionais da empresa, que rondou os 311.799 milhares de euros em
2013, verificando-se um aumento de 0,84% face ao ano anterior.
As vendas e prestações de serviços representam cerca de 96,7% do total de rendimentos operacionais obtidos, rubrica que não só aumentou percentualmente, como também teve um aumento efetivo do seu valor em 6 milhões de euros.
De realçar a componente de gastos operacionais, esta que perfez um total de 270.925 milhares de euros em 2013, tendo aumentado pouco significativamente, cerca de

0.16% face ao ano anterior, incorpora as rubricas custo das vendas, FSE, gastos com pessoal e outros gastos operacionais corrigidos. De entre estas é de salientar o custo das vendas que acarreta 54% da totalidade dos gastos operacionais do ano de 2013, valor superior em 1 ponto percentual ao ano que o antecede. Este assume-se também como o gasto mais pesado nas vendas e prestações de serviços da empresa, representando cerca de 48% em 2013, face aos 49% do ano anterior.
Por sua vez, a rubrica de Fornecimentos e serviços externos, apresenta para os anos
2013 e 2012 um peso de 29% e 30%, respetivamente, no total das vendas e prestações de serviços, que se refletem num peso similar de cerca de 32% da totalidade dos gastos operacionais. Por fim, a rubrica gastos com pessoal embora tenha corporizado uma redução do seu valor de 35.352 milhares de euros (2012) para
35.102 milhares de euros (2013), apresentou os mesmos 13% e 11%, no decorrer de ambos os anos, de peso no total dos gastos operacionais e no total das vendas, respetivamente. De realçar que as rubricas de gasto de maior afetação no resultado operacional da Sumol+Compal, S.A, custo das vendas e FSE’s, não apresentam flutuações significativas entre os dois períodos, mesmo com um aumento de 6 milhões em vendas e serviços, que pode refletir uma eventual melhoria no “core” da atividade.
O resultado líquido atingiu em 2013 cerca de 4.403 milhares de euros, que corresponde a 1.46% do total das vendas e serviços prestados. Face a 2012, verificou-se um aumento de 3.529 milhares de euros, revelando um valor quatro vezes superior ao do ano anterior. Tal resultado deve-se à subida dos valores absolutos do EBITDA, EBIT,
RAEFI e RAI, como se demonstra em seguida.
Os rendimentos operacionais aumentaram cerca de 2.277 milhares de euros, contrariando a evolução de 424 milhares de euros dos gastos (de notar que apesar dos gastos terem aumentado face ao ano que o precedeu, o peso de cada uma das rubricas de gastos na totalidade das vendas decresceu, visto que que houve um aumento mais que proporcional das mesmas), traduzindo-se assim numa evolução positiva do EBITDA de 37.773 milhares de euros para 39.626 milhares de euros.
As rubricas Amortizações e depreciações e Provisões e perdas de imparidade diminuíram cerca de 583 milhares de euros, globalmente. Apesar de pouco expressiva, a diminuição do valor absoluto da segunda e, consequente, decréscimo do peso de
0,42% para 0,12% na totalidade das vendas e prestação de serviços foi a que mais

influenciou o aumento do EBIT. Tendo este aumentado cerca de 2.436 milhares de euros (um aumento de 0,66 pp).
O acréscimo do RAEFI foi de, aproximadamente, 2.846 milhares de euros relativamente a 2012, cerca de 0.80 pp, fruto de uma contribuição positiva por parte da rubrica resultados não recorrentes, que aumentou o valor muito negativo registado em
2012 de -941 milhares de euros para -56 milhares euros em 2013, (-0.30 pp na totalidade das vendas e prestação de serviços), abafando o efeito do aumento do gasto, em 476 milhares de euros, da rubrica de resultados financeiros exceto juros suportados. O RAI aumentou cerca de 1.15 pp face a 2012, na totalidade vendas e serviços, contribuindo, significativamente, para este aumento a diminuição dos juros suportados em cerca de 631 milhares de euros. Tal pode ser explicado por uma possível diminuição do custo do passivo.
Relativamente ao imposto sobre rendimento, denota-se que, apesar de existir um lucro tributável superior em 2013, o imposto auferido no mesmo ano foi inferior ao do ano
2012, podendo-se aferir a eventual existência de ativos por impostos diferidos, possivelmente resultado de perdas por imparidade não aceites fiscalmente em períodos anteriores.

Análise dos Rácios de Rentabilidade das Vendas
2013
Rent. Op. Vendas antes de Am, Dep, Prov e PI
Rent. Op. Das Vendas
Rent. Vendas antes E. F. Imp.
Rent. Vendas antes de Impostos
Rent. Líquida das Vendas

2012

13,14%
8,16%
6,94%
1,48%
1,46%

12,78%
7,51%
6,12%
0,33%
0,3%

Os rácios de rentabilidade das vendas medem a margem das vendas aos vários níveis, antes de amortizações, provisões e

imparidade, operativa, antes de encargos financeiros e impostos, antes de impostos e líquida. A demonstração de resultados anteriormente apresentada exibe estes rácios automaticamente calculados, permitindo a compreensão objetiva da origem da variação destas margens. Observando o quadro síntese acima representado, relativo aos rácios dos anos de 2012 e 2013, conclui-se que a rentabilidade operativa das vendas antes de amortizações, provisões e imparidade aumenta de 12,78 % para 13,14%, tendo o mesmo sucedido à rentabilidade operativa das vendas, que registou uma variação positiva de 0,65 pp. O rácio relativo às vendas antes de encargos financeiros e imposto

apresentou um valor de 6,94% em 2013 face aos 6,12% em 2012. Finalmente, o impacto na rentabilidade das vendas antes de imposto e líquida nas vendas foram idênticos, tendo ambos os rácios registado um aumento de 1,2 pp face a 2012.

Cálculo e Análise dos Rácios de Rentabilidade do Ativo e do Capital
Próprio
Rentabilidade do Ativo 2013

Rentabilidade do Ativo 2012

Rentabilidade do Capital Próprio 2013

Rentabilidade do Capital Próprio 2012

A rentabilidade do ativo representa o retorno dos investimentos, que em 2012 foi de
3,14% e em 2013 de 3,71%, o que reflete um aumento de 0,57 pp. Esta evolução proveio das duas frentes, pelo aumento no RAEFI em cerca de 2.846 milhares de euros e pela diminuição do valor total do ativo.
Por sua vez, o rácio de rentabilidade do Capital Próprio também subiu no período em análise, que corresponde a um aumento do retorno contabilístico para os acionistas.
Este aumento foi significativo na medida em que representou uma variação positiva de
2,66 pp, evoluindo de 0,71% para 3,37%, fruto de um aumento abismal do resultado líquido de 3.528 milhares de euros, proporcionalmente maior do que o aumento do capital próprio em cerca de 7.600 milhares de euros.

Análise da Decomposição da Rentabilidade do Capital Próprio
Como referido anteriormente, a rentabilidade do capital próprio reflete o retorno contabilístico para os acionistas que se encontra dependente dos impactos de investimento, financiamento e fiscal.
A componente do investimento corresponde ao retorno do ativo, calculado através de 3 rácios: operacional).

(margem operacional),

(rotação das vendas) e

(impacto extra-

Rentabilidade do Capital Próprio
Efeito investimento = RAEFI/Ativo
Efeito financiamento
Efeito fiscal = RL/RAI
ROP/Vendas
Vendas/Ativo
RAEFI/ROP
EF/Passivo
Passivo/Capital próprio

2013
3,37%
3,71%
-0,30%
0,99
8,16%
0,53
0,85
3,80%
3,31

2012 Variação
0,71% 2,66%
3,14% 0,57%
-2,34% 2,04%
0,89
0,10
7,51% 0,66%
0,51
0,02
0,82
0,03
3,78% 0,02%
3,67
-0,36

A subida do retorno do ativo em 0,57pp foi motivada não só pelo aumento da margem das vendas em 0,66pp como também da rotação das mesmas em 0,22pp. Contribuiu ainda para este aumento o

impacto

extra-operacional

que

acresceu em 0.03pp.
O efeito financiamento fornece informações relativas ao diferencial entre a rentabilidade do ativo e custo do passivo, e a sua análise pressupõe a determinação do nível e, consequente risco de endividamento da empresa. Constatou-se que o efeito em causa cresceu 2,04pp, tornando-se menos negativo do que no período anterior, evolução proveniente do aumento da rentabilidade do ativo, e diminuição do custo do passivo.
Idealmente este diferencial seria positivo, revelando-se tanto melhor quanto maior o seu valor, na medida em que a empresa se encontra apta a gerar mais retornos e/ou reduzir a taxa de juro suportada. Uma vez que o diferencial é negativo verifica-se uma redução no retorno dos acionistas, bastante menos acentuada no ano de 2013 face a
2012. De realçar que um maior endividamento gera riscos de financiamento superiores, pelo que é imperioso agir prudentemente.
Analisando agora o impacto fiscal, verifica-se que também este sofre um acréscimo, neste caso de 0,1pp, refletindo o aumento da taxa efetiva de imposto. Assim sendo, mais dinheiro é revertido a favor do Estado, e, consequentemente, menos alcançará os acionistas, pelo que este resultado neste campo se revela prejudicial para a empresa.
Em suma, verificou-se um aumento da rentabilidade do capital próprio, que passa de
0,71% para 3,37% justificado pela contribuição positiva dos dois primeiros impactos que superam a negatividade do terceiro.
RCP2013=3,37%=[(8,16%*0,53*0,85)+(3,71%-3,80%)*3,31]*(1-0,014)
RCP2012=0,71%=[(7,51%*0,51*0,82)+(3,14%-3,78%)*3,67]*(1-0,114)

Cálculo e Análise dos Rácios de Funcionamento
Prazo Médio de Recebimentos 2013

Prazo Médio de Recebimentos 2012

Prazo Médio de Inventários 2013

Prazo Médio de Inventários 2012

Prazo Médio de Pagamentos 2013

Prazo Médio de Pagamentos 2012

CMVMC = Inventário Inicial + Compras – Inventário Final +/- Regularizações
2013: 145.428 = 31.205 + Compras – 28.419  Compras = 142.642
2012: 144.161 = 30.105 + Compras – 31.205  Compras = 145.261

Ciclo de Caixa 2013

Ciclo de Caixa 2012

Denotou-se um ligeiro aumento de 3 dias no prazo médio de recebimentos, valor à partida não muito significante, mas que se pode revelar bastante desfavorável para empresa, representa pior capacidade de cobrança, aumentando a probabilidade de incumprimento de pagamentos e recebimento de clientes. Posto isto, embora muito reduzida a diferença, em 2012 a situação era melhor para a empresa.
A nível do prazo médio de inventários verificou-se uma diminuição entre os dois anos em análise, já que, o inventário que a empresa possuía em 2012 possibilitava 38 dias de vendas, e em 2013 o número de dias rondava os 34. Esta evolução pode revelar-se positiva tendo em conta que, por exemplo, deste modo, evitando armazenamentos muito longos, evitam-se, consequentemente, custos adicionais provenientes dos mesmos. Em relação ao prazo médio de pagamentos, assistiu-se a uma evolução positiva, de 57 dias em 2012 para 66 dias em 2013, que resulta num aumento do tempo disponível para a empresa pagar as suas dívidas a fornecedores, e assim deter uma maior oportunidade de geração de lucro, que poderá vir a ser empregue em diversos investimentos. Em suma, conclui-se que o ciclo de caixa é positivo nos dois anos, contudo de 2012 para 2013 este diminuiu, situação bastante favorável para a empresa. Uma vez positivo, implica que a empresa pague mais cedo do que recebe, sendo que o ideal seria o panorama contrário.

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