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Metodologia Para Formulação de Estratégias de Presença Na Internet: Um Estudo de Caso

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Submitted By tccfia2013
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DIÁLOGO: UM MÉTODO DE REFLEXÃO CONJUNTA E OBSERVAÇÃO COMPARTILHADA DA EXPERIÊNCIA Humberto Mariotti Introdução O que atualmente vem sendo chamado de diálogo é uma metodologia de conversação que busca os seguintes resultados: a) melhoria da comunicação entre os interlocutores; b) observação compartilhada da experiência; c) produção de percepções e idéias novas. O diálogo amplia a percepção cooperativa do real. Sua marca fundamental é, pois, a fertilização mútua. A proposta não inclui chegar a sínteses nem tomar decisões; estas são as finalidades da discussão e do debate. Na interação dialógica, o propósito é exercitar novos modos de ver e criar significados em conjunto. Por esse motivo, a denominação “diálogo” é até certo ponto inadequada. Em nossa cultura, aquilo que conhecemos com esse nome é uma interação verbal — a discussão/debate — em que os participantes defendem posições, argumentam, negociam e, eventualmente, chegam a conclusões ou acordos. A metodologia dialógica, como acabamos de ver, não busca nada disso. No entanto, o termo “diálogo” já está consagrado pelo uso. É necessário, pois, buscar formas de atenuar as confusões e equívocos derivados dessa inadequação. O ideal seria abandonar a palavra “diálogo” e substitui-la por outra, mas já sabemos que isso não é mais viável. Por essa razão, proponho que sempre que a utilizemos — no sentido em que é considerada neste texto — ela seja complementada pela explicação de que o diálogo é uma atividade cooperativa de reflexão e observação da experiência vivida. Definição Diante do exposto, proponho a seguinte definição: diálogo (reflexão conjunta e observação cooperativa da experiência) é uma metodologia de conversação que visa melhorar a comunicação entre as pessoas e a produção de idéias novas e significados compartilhados. Ou, posto de outra forma: é uma metodologia que permite que as pessoas pensem juntas e compartilhem os dados que surgem dessa interação sem procurar analisá-los ou julgá-los de imediato. O método se opõe à fragmentação, ao imediatismo e à super-simplificação — três das características fundamentais do sistema de pensamento (ou modelo mental) que condiciona a nossa cultura. Esse condicionamento é milenar e se acentuou nos últimos três séculos. É como se estivesse gravado a ferro em brasa em nossa mente, de tal modo que na prática acabou se tornando o único meio pelo qual percebemos o mundo, interagimos com ele e tentamos entendê-lo. É por meio desse padrão que a ciência e a tecnologia (e, por extensão, toda a nossa cultura) lidam com os fenômenos naturais e culturais e buscam compreendêlos e explicá-los. Isso significa que todos os nossos pressupostos, todas as nossas “certezas”, todas as nossas teorias a respeito do mundo, são formatadas por esse modo de pensar.

Os pressupostos básicos desse modelo sustentam que: a) a maneira mais adequada de examinar um objeto ou situação é fragmentá-los e estudar as partes em separado, para depois tentar reunir os resultados da investigação numa síntese; b) as causas são sempre imediatamente anteriores aos efeitos ou estão muito próximas deles; c) a seqüência causaefeito ocorre sempre num mesmo contexto de espaço e tempo; d) o mundo é visto de forma binária, pelo padrão ou/ou: ou bem ou mal; ou certo ou errado; ou real ou imaginário; ou vencedor ou vencido; e assim por diante; e) tendência à quantificação e à objetividade; f) dificuldade de lidar com a subjetividade (sentimentos, intuição, emoções) e com a dimensão qualitativa da vida. Como já foi demonstrado em muitos estudos, a fragmentação e a super-simplificação têm produzido graves conseqüências. As imensas dificuldades de comunicação entre as pessoas e as instituições que elas criaram (a família, a escola, os governos, as empresas, as culturas, enfim) são alguns exemplos. O mesmo é válido para os fracassos quase que invariáveis dos esforços diplomáticos e das intermináveis conversações de paz que proliferam nos noticiários. A principal peculiaridade desse nosso condicionamento é desalentadora: a experiência tem mostrado que quanto mais claro fica que estamos marcando passo, mais insistimos em não mudar nosso modo de pensar; quando mais óbvio se torna que estamos num infinito processo de repetição dos mesmos erros, mais incapazes nos tornamos de perceber essa obviedade. Albert Einstein definiu essa situação em duas frases bem conhecidas: a) “nenhum problema pode ser resolvido pelo mesmo estado de consciência que o criou”; b) “tudo mudou, menos o nosso modo de pensar”. O automatismo concordo-discordo Nossa tendência a fragmentar é mais forte que a necessidade de integrar. Não sabemos ouvir. Quando alguém nos fala, em vez de escutar até o fim o que ele tem a dizer logo começamos a comparar o que está sendo dito com nossas idéias e referenciais prévios. Esse processo mental — que chamo de automatismo concordo-discordo — quando levado a extremos é muito limitante. Ouvir até o fim, sem concordar nem discordar, é extremamente difícil para todos nós. Não sabemos como lidar — mesmo de modo temporário — com o pouco conhecido ou o desconhecido. O automatismo concordo-discordo funciona assim: quando nosso interlocutor começa a falar, de imediato assumimos duas atitudes: a) “já sei o que ele vai dizer e concordo; portanto, não vou perder tempo continuando a ouvi-lo”; b) “já sei o que ele vai dizer e discordo; assim, não tenho por que ouvi-lo até o fim”. Em ambos os casos, o resultado é o mesmo: negamos a quem nos fala a capacidade ou a possibilidade de dizer algo de novo — o que na prática pode corresponder à negação de sua própria existência. Faça você mesmo a prova: tente escutar até o fim, sem concordar nem discordar, o que o seu interlocutor está dizendo. Procure evitar que, logo às primeiras frases dele, você já esteja pensando no que irá responder. Verá então como é difícil, e constatará que esse automatismo é uma das manifestações mais poderosas do condicionamento de nossa mente pelo modelo mental ou/ou — a lógica binária do sim/não.

Eis o principal objetivo do diálogo: lidar com o automatismo concordo-discordo. Tentar atenuar os nossos condicionamentos, buscar alternativas à atitude habitual. Destas observações, pode-se deduzir a principal utilidade do método dialógico: perceber e pensar as mesmas questões de modo diferente, a fim de que daí possam emergir idéias novas. Num segundo momento (ou seja, já por meio da discussão e do debate) estas poderão ser avaliadas, julgadas, o que pode resultar na implementação de ações não-repetitivas, diferentes das rotineiras. O questionamento básico do diálogo é simples e pode ser assim enunciado: “E se suspendermos — ao menos temporariamente — as nossas ‘certezas’, e conversarmos fora de sua influência para ver o que acontece?” Ou, posto de outra forma: mudar o modo de olhar, modificar a perspectiva, observar a partir de outros ângulos, pensar os mesmos problemas de modo diferente. Conclui-se, então, que o método se aplica a qualquer contexto no qual seja necessário produzir idéias não-rotineiras e aprender em grupo. Ele é útil em todos os âmbitos e oportunidades nos quais se torna necessário mudar o modo habitual de perceber o mundo. A área educacional e o universo das empresas são dois desses domínios. Com efeito, em muitas organizações de vários países do mundo o método dialógico vem sendo utilizado nesse sentido. Origens Do ponto de vista etimológico, o termo “diálogo” resulta da fusão das palavras gregas dia e logos. Dia significa “por meio de”. Logos foi traduzida para o latim ratio (razão), mas tem vários outros significados, como “palavra”, “expressão”, “fala”, “verbo”. Dessa maneira, o diálogo é uma forma de fazer circular sentidos e significados. Num grupo que dialoga, as palavras circulam entre as pessoas, passam através delas sem que sejam necessárias concordâncias, discordâncias, análises ou juízos de valor. As palavras — e o que elas significam — são observadas tal como se apresentam à experiência imediata dos participantes. Isso quer dizer que na experiência dialógica a palavra liga, permeia, em vez de separar. Aglutina em vez de fragmentar. Essa noção nos leva a concluir que a interação dialógica não é um instrumento que permite que as pessoas defendam e mantenham suas posições, tal como acontece na discussão e no debate. A dinâmica do diálogo está voltada para ligações, para a formação de redes. Daí o nome de “redes de conversação”, proposto para as experiências de reflexão conjunta, geração de idéias, educação mútua e produção compartilhada de significados. Objetivos do diálogo e dinâmica da conversação Segundo o físico David Bohm, estes são os principais objetivos de um grupo que utiliza a interação dialógica: a) melhorar a comunicação entre as pessoas; b) observar o processo do pensamento (ou seja, observar a dinâmica da mente de um modo prático e disciplinado); c) construir de micro-culturas por meio da criação de redes de conversação; d) produção e compartilhamento de significados.

De um modo geral — e para fins didáticos —, a seqüência dos fenômenos que ocorrem numa conversação pode ser exposta da seguinte forma: a) as pessoas falam; b) as diferenças emergem; c) fica claro, então, que é necessário fazer escolhas. Estas podem ser orientadas para dois caminhos: 1) discussão controlada, que, caso as posições se acirrem, transforma-se em debate; 2) diálogo. O diálogo é diferente da discussão/debate que, como vimos, é uma forma de negociação: implica a exclusão das idéias “vencidas”. Ao negociar, os interlocutores trabalham no sentido de ganhar algo, embora nesse esforço possam ter de ceder um pouco daquilo que pretendiam ganhar. Depois de uma discussão/debate há uma conclusão — pelo menos é isso que se deseja. No diálogo não se visa concluir, chegar a um resultado único, nem nada equivalente. Tudo o que se quer é fazer emergir idéias e significados novos e compartilhá-los. A sinopse abaixo mostra as principais diferenças entre o diálogo e a discussão/debate. Diálogo Visa abrir questões Visa mostrar Visa estabelecer relações Visa compartilhar idéia Visa questionar e aprender Visa compreender Vê a interação partes/ todo Faz emergir idéias Busca a pluralidade de idéias Discussão/debate Visa fechar questões Visa convencer Visa demarcar posições Visa defender idéias Visa persuadir e ensinar Visa explicar Visa as partes em separado Descarta as idéias “vencidas” Busca acordos

Cabem aqui algumas observações a respeito do quadro acima. Em primeiro lugar, ele não pretende dizer que o diálogo é melhor ou pior do que a discussão e o debate. Trata-se de maneiras diferentes — porém complementares — de conversar. E é bom que assim seja, pois há situações na vida em que precisamos dialogar e circunstâncias nas quais precisamos discutir e debater. Tais eventualidades se alternam ao longo de nossa interação com o mundo. Além disso, na prática a separação entre uma coluna e a outra não é tão estanque assim. Numa sessão de diálogo, as pessoas muitas vezes passam da discussão/debate à interação dialógica e vice-versa. É muito importante, pois, evitar o esquematicismo, que aqui é utilizado com objetivos didáticos e nada mais. Dito de outro modo: há instantes em que precisamos utilizar o modelo mental fragmentador (útil para a discussão e para o debate) e momentos em que precisamos utilizar um modelo de pensamento abrangente (útil para o diálogo). No primeiro caso, trata-se das circunstâncias práticas da vida chamada mecânica, em que precisamos lidar com fenômenos objetivamente observáveis, com quantidades e com as partes em separado. No segundo caso, trata-se de situações nas quais é necessário pensar de modo global, lidar com sentimentos, emoções e intuição — ocasiões em que é necessário compreender a transacionalidade entre o todo e as partes. No diálogo, ao contrário do que acontece na discussão/debate, não existe o pingue-pongue de perguntas e respostas. O ânimo das pessoas que entram numa experiência dialógica não

é a atitude costumeira da nossa cultura litigante, na qual nada deve ser deixado sem réplica e as pessoas competem para ficar com a última palavra, isto é, para “ganhar”. Numa sessão de diálogo, aquele que usa a palavra não deve esperar necessariamente uma resposta — que seria como uma reação à sua fala —, mas sim as percepções e idéias que esta faz surgir nos interlocutores. Dessa forma, não se trata necessariamente de responder ao que foi dito pelo outro, mas sim falar complementando ou acompanhando o que ele disse, produzindo algo que não existia antes em cada interlocutor e que surge como propriedade emergente no fluxo da relação. Alguma coisa é produzida — algo que não existia nos interlocutores em separado a não ser em estado latente. No diálogo, o padrão “eu falo, você responde” é substituído pela alternativa “eu falo, você também fala; falamos juntos”. As idéias novas surgem por meio da cooperação, não pelo confronto. No diálogo não há enfrentamento ou competição. Existem interações, ligações e competências interpessoais. A expressão gráfica da discussão/debate poderia ser esta: —>

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