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Rios

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Submitted By Joao2540
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Rio

Curso de água natural, superficial e regular, que pode desaguar num outro rio, num lago ou no mar. É delimitado pelas margens, faixas de terreno contíguo ao leito.
O leito de um rio é o espaço de terreno que pode ser coberto pelas águas. Engloba os mochões - ilhas cultiváveis formadas nos rios -, as lodeiras - locais de acumulação de lodo - e os areais - zonas de acumulação de areia.
Podem distinguir-se três tipos de leito:
- leito aparente, sulco por onde normalmente correm as águas e as matérias que transportam;
- leito de inundação ou de cheia, espaço do vale do rio que pode ser inundado quando ocorrem cheias;
- leito menor ou de estiagem, zona do leito aparente que fica a descoberto quando a quantidade de água do rio diminui, em consequência de uma seca prolongada.
Para o estudo de um rio e dos seus leitos recorre-se à elaboração de cortes transversais em determinadas zonas do seu percurso - perfis transversais.
No percurso de um rio podem distinguir-se três zonas, o curso superior, o curso médio e o curso inferior.
Os rios possuem um certo dinamismo, apresentando actividade geológica que engloba a erosão, o transporte e a deposição de materiais. A erosão de um rio passa pela extracção progressiva de materiais do seu leito e margens. Estes materiais resultam da meteorização física e química das rochas, devida à pressão exercida pelas águas do rio em movimento sobre as saliências do leito e margens. A acção erosiva dos rios é mais acentuada em épocas de cheias, uma vez que a velocidade das águas é maior. Este fenómeno provoca a modificação dos vales e sulcos onde a água circula, que vão ficando mais largos e mais profundos ao longo dos anos.
Os detritos rochosos formados pela erosão exercida pelo rio são transportados pela corrente de água para outros locais. O transporte dos detritos, que no seu conjunto formam a carga sólida do curso de água, pode ser feito de duas formas: os materiais mais finos são transportados em suspensão, à mesma velocidade que a água; os detritos, mais pesados e grosseiros, são transportados por saltação, rolamento e deslizamento, a uma velocidade inferior à da água.
A sedimentação, como acção geológica de um rio, consiste na deposição dos materiais ao longo do seu leito e das suas margens - nos terraços fluviais, nos deltas e nos aluviões. Ocorre, geralmente, de acordo com a velocidade da corrente e com as características dos sedimentos (dimensão, forma e peso). Os materiais mais pesados e de maior tamanho depositam-se a montante do rio, enquanto que os materiais mais finos e mais leves depositam-se a jusante, mais próximos da foz, podendo mesmo ser transportados até ao mar.

Um rio não é um sistema isolado. Ocorre numa região - a bacia hidrográfica - na qual as águas, seguindo uma direcção convergente - a rede hidrográfica -, o alimentam. Os rios estão em constante evolução. Assim, para uma determinada base, geral ou local, regularizam o seu perfil de equilíbrio por escoamento, sedimentação e erosão regressiva. A distinção entre as diferentes fases do ciclo de erosão (juventude, maturidade e velhice) obtém-se através da análise das formas do relevo e da capacidade de o rio transportar a sua carga.
Os rios mais longos do Mundo são o Nilo, em África, com aproximadamente 6,690 km de comprimento, o Amazonas, na América do Sul, com 6400 km, e o Chang, na China, com cerca de 6350 km de extensão. Os maiores, em termos de volume, são os rios Amazonas, Ganges e Congo.

Rio Ave

Rio que nasce na serra da Cabreira, a 1260 metros de altitude, e que desagua junto a Vila do Conde, no oceano Atlântico, após um percurso de 101 quilómetros. Desenvolve-se na direcção geral este-oeste. A bacia do rio Ave é limitada, a norte, pela bacia hidrográfica do rio Cávado; a este, pela bacia do rio Douro; e a sul, pelas bacias dos rios Leça e Douro, ocupando uma área de cerca de 1400 Km2. O escoamento anual na foz do rio Ave é, em média, de 1249 hm3. Estima-se que a bacia hidrográfica do rio Ave apresente uma capacidade total de armazenamento de recursos hídricos na ordem dos 100 hm3, em regime regularizado. Os seus principais tributários são, na margem esquerda, o rio Vizela, que drena uma área de 342 km2, e, na margem direita, o rio Este, que drena uma área de 247 km2. As principais barragens do rio Ave são a de Guilhofrei (Ermal), com a capacidade útil de 21 hm3, e a das Andorinhas. Na foz, junto à parte sul de Vila do Conde, existe um porto que se estende desde a ponte da EN 13 até à barra. Aí, para além de instalações portuárias de pesca, há um estaleiro de reparação e construção de barcos de pesca. Na zona do estuário, o interesse e a riqueza biológicos são reduzidos devido às más condições físico-químicas e biológicas da água do rio, em consequência da elevada quantidade de efluentes urbanos e industriais, canalizados para o rio Ave.

Rio Minho

Rio luso-espanhol que serve de fronteira entre o norte de Portugal e a Galiza, de Melgaço até à sua foz, no oceano Atlântico, em frente a Caminha e a La Guardia. Nasce em Espanha, nos montes Cantábricos, na serra da Meira, a uma altitude de 750 metros, e o seu curso estende-se ao longo de cerca de 340 quilómetros, dos quais 230 são percorridos em Espanha. O troço internacional tem uma extensão de 75 quilómetros.
A área total da bacia hidrográfica do rio Minho é de 22 500 km2, dos quais 800 km2 (cerca de 5%) estão situados em território português e 1934 km2 correspondem à sub-bacia internacional. O seu caudal médio anual é de 304,9 m3 por segundo. Os limites da bacia são constituídos, a sul, pela bacia do rio Lima e pelas ribeiras da costa atlântica portuguesa, a sudeste pela bacia do rio Douro e a norte pelas bacias hidrográficas da costa espanhola. Em Portugal, esta é a segunda mais pequena bacia internacional, a seguir à bacia do rio Lima.
O escoamento anual na foz do rio Minho é, em média, de 12 150 hm3, correspondendo 1100 hm3 a Portugal e o restante a Espanha. Estima-se que a bacia hidrográfica do rio Minho, em território nacional, apresente uma capacidade total de armazenamento de recursos hídricos de apenas 0,2 hm3, em regime regularizado.
Os principais afluentes são, em território espanhol e na margem direita, os Tamoga, Ladra, Avia, Tea e Louro, e, na margem esquerda, os Neia, Sil e Arnoya; e, em Portugal, de montante para jusante, os Trancoso, Mouro, Gadanha e Coura.
Como principais obras hidráulicas há a destacar o aproveitamento hidroagrícola da barragem de Lamas de Mouro.
O estuário do rio Minho, juntamente com a embocadura do rio Coura, abrange uma área de 3,4 km2. Esta área está incluída na lista dos locais portugueses na Rede Natura 2000. O estuário constitui uma zona húmida de grande valor ecológico.
A qualidade das águas do rio Minho e dos seus principais afluentes portugueses é aceitável mas verifica-se uma tendência geral de degradação da qualidade das águas de montante para jusante. O cariz predominantemente florestal e agrícola da bacia hidrográfica do rio Minho, em território português, coloca em destaque o problema da poluição difusa.

Rio Mondego

O maior rio inteiramente português, nasce na serra da Estrela, a 1425 metros de altitude, no concelho de Gouveia, Guarda, num local conhecido por Mondeguinho. Desagua no oceano Atlântico, junto à cidade da Figueira da Foz, após um percurso de 220 quilómetros.
A sua bacia hidrográfica ocupa uma área de cerca de 6671 km2. O escoamento anual na foz do rio Mondego é, em média, de 3400 hm3. Estima-se que a bacia hidrográfica do rio Mondego apresente uma capacidade total de armazenamento de recursos hídricos na ordem dos 540 hm3, em regime regularizado.

É um rio de montanha, de forte acção erosiva, correndo com a direcção predominante de sudoeste-nordeste, num vale profundo e estreito, até a alguns quilómetros a montante de Celorico da Beira. Encostado ao rebordo norte da Cordilheira Central, o Mondego toma então a direcção nordeste-sudoeste, insinuando-se pelo planalto da Beira Alta por um vale cada vez mais largo. Engrossa o seu caudal com a ajuda de afluentes (como o rio Dão), tornando-se um rio de planalto de grande poder de transporte. Ao atravessar o rebordo do planalto da Beira Central, na região de Penacova, o Mondego corre num vale apertado, de meandros encaixados; depois de receber o rio Alva, o seu vale encaixa-se ainda mais ao atravessar o contraforte de Entre Penedos, junto de Penacova; aí se encontram estratos quartzíticos, muito fracturados e dispostos como livros numa estante, o que originou o nome curioso de Livraria do Mondego. Próximo de Coimbra, o rio corre numa extensa área de sedimentação, os campos do Mondego. É, então, um rio de planície, que atinge com dificuldade o oceano, junto à cidade da Figueira da Foz.
Era popularmente designado por "bazófias", dada a irregularidade do seu caudal, ora de grandes cheias, ora diminuto. Actualmente encontra-se muito intervencionado e regularizado por diversas barragens, a mais importante das quais é a da Aguieira, situada a 400 metros a jusante da confluência do rio Dão com o rio Mondego.

Rio Sado

Rio que nasce na serra da Vigia, a cerca de 230 metros de altitude, e desagua no oceano Atlântico por um largo estuário com cerca de 100 km2, em frente da cidade de Setúbal, após um percurso de 175 quilómetros.
O rio Sado tem um traçado que apresenta uma orientação pouco vulgar em Portugal, correndo praticamente na direcção sul-norte até à confluência com a ribeira de Odivelas, inflectindo, a partir daqui, para noroeste até à foz. É considerado como exemplo de um rio de planície, uma vez que mais de metade do seu percurso se situa abaixo dos 50 metros. A sua bacia é delimitada a norte pela bacia hidrográfica do Tejo, a sul pela do rio Mira, a este pela do rio Guadiana e a oeste por pequenas bacias da costa alentejana, que vão desde a Península de Tróia, a norte, até Porto Covo, a sul. A bacia hidrográfica ocupa uma área de cerca de 7650 km2, pelo que é a maior dos rios exclusivamente portugueses. O escoamento anual na foz do rio Sado é, em média, de 1000 hm3. Estima-se que a bacia hidrográfica do rio Sado apresente uma capacidade total de armazenamento de recursos hídricos na ordem dos 771 hm3, em regime regularizado. É a bacia hidrográfica portuguesa que dispõe de menos recursos superficiais anuais médios por unidade de área.

Os seus afluentes são: na margem direita, de montante para jusante, as ribeiras do Roxo, da Figueira, de Odivelas e o rio Xarrama e as ribeiras das Alcáçovas, de São Martinho e Marateca; e, na margem esquerda, as ribeiras de Campilhas, Corona e de Grândola e o rio Arcão.
As albufeiras que têm maior importância são a de Alvito, na ribeira de Odivelas, com uma área de bacia hidrográfica de 212 km2, uma capacidade total de 132,5 hm3 e uma capacidade útil de 130 hm3; a de Odivelas, também na ribeira de Odivelas, com uma capacidade total de 96 hm3 e uma capacidade útil de 70 hm3; a de Campilhas, na ribeira de Campilhas, com uma área de bacia hidrográfica de 109 km2, uma capacidade total de 27,156 hm3 e uma capacidade útil de 26,156 hm3; a de Fonte Serne, na ribeira de Benatelar, com uma área de bacia hidrográfica de 30 km2, uma capacidade total de 5,15 hm3 e uma capacidade útil de 3,65 hm3; a de Monte da Rocha, no próprio rio Sado, com uma capacidade útil de 102,76 hm3; a de Pego do Altar, na ribeira de Santa Catarina, com uma área de bacia hidrográfica de 743 km2, uma capacidade total de 94 hm3; a do Roxo, na Ribeira do Roxo, com uma área de bacia hidrográfica de 351 km2, uma capacidade total de 96,3 hm3 e uma capacidade útil de 89,5 hm3; a de Vale do Gaio, no rio Xarrama, com uma área de bacia hidrográfica de 509 km2 e uma capacidade total de 63 hm3.
Além dos recursos endógenos, na bacia do Sado, estão previstos transvases provenientes de bacias vizinhas, nomeadamente do sistema do Alqueva, integrado na bacia do Guadiana.

Rio Cávado

Rio que nasce na serra do Larouco, a uma altitude de cerca de 1520 metros, e que desagua no oceano Atlântico, junto a Esposende, após um percurso de 118 quilómetros. Tem uma orientação aproximada este-oeste.
A bacia hidrográfica do rio Cávado é limitada, a norte, pela bacia hidrográfica do rio Lima e, a este e sul, pelas bacias dos rios Douro e Ave; tem uma área de 1600 km2. O escoamento anual na foz do rio é, em média, de 2123 hm3. Estima-se que a bacia hidrográfica do rio Cávado apresente uma capacidade total de armazenamento de recursos hídricos na ordem dos 1180 hm3, em regime regularizado, valor que corresponde a quase 30 % do total existente em Portugal.
Os seus principais afluentes são: o rio Homem, na margem direita, com um comprimento de 45 quilómetros, que nasce na serra do Gerês e drena uma área de 257 Km2; e o rio Rabagão, na margem esquerda, com um comprimento de 37 quilómetros, que nasce entre as serras do Barroso e do Larouco e drena uma área de 246 Km2. Na bacia hidrográfica do Cávado construíram-se algumas barragens para aproveitamento hidroeléctrico. As mais importantes são: Paradela, Salamonde e Caniçada, no rio Cávado; Alto Rabagão e Venda Nova, no rio Rabagão; e Vilarinho das Furnas, no rio Homem. Devido às características topográficas da bacia hidrográfica do Cávado e aos elevados escoamentos dos rios principais, os volumes de água armazenados destinam-se, na maior parte dos casos, a uma regularização intra-anual, transferindo água dos períodos húmidos para os períodos secos. Destaca-se, pelo seu volume, a albufeira do Alto Rabagão, cuja função principal é de regularização inter-anual, constituindo assim uma importante reserva estratégica de água.

Rio Lima

Rio luso-espanhol que atravessa toda a região do Minho. Integra a bacia hidrográfica internacional mais pequena do nosso país.
Nasce em Espanha, na província de Orense, a cerca de 950 metros de altitude, e desagua no oceano Atlântico, junto a Viana do Castelo, depois de ter percorrido no total cerca de 109 quilómetros. Em Espanha percorre 41 quilómetros; entra, depois, em território português, no vale criado através da serra do Gerês e da Peneda e percorre, até à sua foz, 62 quilómetros. A bacia do Lima tem uma superfície de 2200 km2, sendo 1100 km2 em Portugal; é limitada a norte pela bacia hidrográfica do rio Minho, a este pela bacia do rio Douro e a sul pelas bacias dos rios Âncora e Cávado. A altitude da bacia do Lima varia entre os 0 e os 1527 metros (na Serra do Larouco). O escoamento anual na foz do rio Lima é, em média, de 3298 hm3, correspondendo a 1598 hm3 em Portugal e o restante em Espanha. Estima-se que a bacia hidrográfica do rio Lima, em território nacional, apresente uma capacidade total de armazenamento de recursos hídricos na ordem dos 400 hm3, em regime regularizado. A bacia hidrográfica do rio Lima é a bacia portuguesa que dispõe de mais recursos superficiais anuais médios por unidade de área. O principal afluente em Portugal é o rio Vez, situado na sua margem direita, com um comprimento de 39 quilómetros e drenando uma área de 263 km2.

Rio Douro

Um dos maiores rios da Península Ibérica, com o comprimento total de 938 quilómetros, dos quais 200 se encontram em Portugal. Nasce em Espanha, na sev Gcv cfV rra de Urbião, e drena uma área de 94 500 km2, da qual 18 600 km2 são em Portugal.
Depois de ter atravessado o extenso planalto de Castela-a-Velha, e com um curso bastante regularizado até Samora, toma a direcção nordeste-sudoeste e serve de fronteira entre Portugal e Espanha numa extensão de 122 quilómetros - o troço do Douro Internacional -, desde Paradela, Miranda do Douro, até Barca de Alva. Tem, nesta secção, um forte declive, com um vale encaixado, de margens abruptas. Em Barca de Alva, entra em Portugal e toma novamente a direcção este-oeste. O curso é agora mais regularizado, navegável, mas continuando o rio a correr por um vale apertado até à foz, no oceano Atlântico, junto da cidade do Porto.
O escoamento anual do rio Douro é, em média, de 22 860 hm3, correspondendo 9 200 hm3 a Portugal e o restante a Espanha. Estima-se que a bacia hidrográfica do rio Douro, em território nacional, apresente uma capacidade total de armazenamento de recursos hídricos de 1 078 hm3, em regime regularizado. A bacia hidrográfica do rio Douro é a bacia nacional que apresenta o maior valor de escoamento na sua foz, em termos de volume de águas. Tem numerosos afluentes em território nacional, sendo os mais importantes, na margem direita, o Sabor, o Tua, o Corgo, o Tâmega e o Sousa, que correm quase todos de nordeste para sudoeste, e na margem esquerda, o Águeda, o Côa, o Távora, o Varosa, o Paiva e o Arda, que correm numa direcção perpendicular às margens, isto é, aproximadamente de sudoeste para nordeste. Todos estes afluentes são rios de planalto, com grandes ressaltos no seu leito e forte poder erosivo, bem evidenciado pelos vales encaixados e gargantas profundas que quase todos possuem.
Para bacia hidrográfica do rio Douro foram projectados diversos aproveitamentos hidroeléctricos, estando no próprio rio Douro os seguintes: barragem de Miranda, com uma capacidade total da albufeira de 28,1 hm3 e uma capacidade útil de 6,66 hm3; barragem do Picote, com uma capacidade total da albufeira de 62,7 hm3 e uma capacidade útil de 13,35 hm3; barragem de Bemposta, com uma capacidade total da albufeira de 128,8 hm3 e uma capacidade útil de 20,0 hm3; barragem do Pocinho, com uma capacidade total da albufeira de 83,1 hm3 e uma capacidade útil de 12,24 hm3; barragem da Valeira, com uma capacidade total da albufeira de 98,5 hm3 e uma capacidade útil de 13,04 hm3; barragem da Régua, com uma capacidade total da albufeira de 95,0 hm3 e uma capacidade útil de 12,0 hm3; barragem do Carrapatelo, com uma capacidade total da albufeira de 148,4 hm3 e uma capacidade útil de 13,84 hm3; barragem de Crestuma-Lever, com uma capacidade total da albufeira de 132,2 hm3 e uma capacidade útil de 22,25 hm3. No Tâmega, barragem do Torrão, com uma capacidade total da albufeira de 105,4 hm3 e uma capacidade útil de 21,95 hm3; no Távora, barragem de Vilar, com uma capacidade total da albufeira de 99,8 hm3 e uma capacidade útil de 95,5 hm3; e no Varosa, barragem com o mesmo nome, com uma capacidade total da albufeira de 14,5 hm3 e uma capacidade útil de 13,0 hm3; na linha de água do Azibo, a barragem do Azibo, que consiste num aproveitamento hidroagrícola com uma capacidade total da albufeira de 54,5 hm3 e uma capacidade útil de 46,67 hm3.

É nos terraços do vale do Douro superior, em acentuados declives talhados no xisto, que se cultivam as vinhas de cujas uvas se fabrica o vinho do Porto.

Rio Vouga

Rio com origem na serra da Lapa e que, após um percurso de 136 quilómetros, desagua no oceano Atlântico através de um delta impropriamente designado por "ria de Aveiro". A área da sua bacia hidrográfica é de 3700 km2. O escoamento anual na foz do rio Vouga é, em média, de 1900 hm3. Estima-se que a bacia hidrográfica do rio Vouga apresente uma capacidade total de armazenamento de recursos hídricos de somente 1 hm3, em regime regularizado.
O rio Vouga, designado por muitos como "o Nilo português", tem no seu curso três secções bem marcadas. Começa por ser um rio de planalto até S. Pedro do Sul; depois, corre entre zonas montanhosas, recebe a água de vários afluentes e passa num vale profundo com meandros encaixados - rio de montanha; finalmente, ao deixar o Maciço Antigo, o Vouga muda de aspecto, corre entre margens largas e baixas, descrevendo meandros com uma forte acção acumuladora - rio de planície.

Rio Lis

Rio da Beira Litoral que nasce no lugar das Fontes, perto de Cortes, atravessa a cidade de Leiria e desagua a 39,5 quilómetros mais a norte, no oceano Atlântico, junto à Praia da Vieira. O escoamento anual na foz do rio Lis é, em média, de 300 hm3. Não apresenta capacidade de armazenamento de recursos hídricos em regime regularizado.
As águas do rio Lis permitem um aproveitamento hidroagrícola das suas margens, destacando-se a cultura do milho, a horticultura e os pomares. A força motriz deste rio tem proporcionado o desenvolvimento de algumas indústrias na zona envolvente (moagem do milho, do trigo e, mais recentemente, as rações concentradas).
É de referir ainda a presença do lagar de azeite, propriedade de Afonso Lopes Vieira, e a de vários moinhos de água ao longo do rio.
A lenda do rio Lis e do seu afluente Lena pressupõe a existência de um elo amoroso entre ambos, uma vez que, após os dois cursos de água nascerem perto um do outro e percorrerem caminhos diferentes, acabam por se unir e formar um só rio.

Rio Tejo

O maior rio da Península Ibérica, estendendo-se ao longo de 1009 quilómetros. Nasce na serra de Albarracim, a 1593 metros de altitude, em Espanha, e desagua no oceano Atlântico, por um largo estuário com cerca de 260 km2, alguns quilómetros adiante de Lisboa, em S. Julião da Barra. Depois de atravessar o planalto de Castela-a-Nova e a Extremadura espanhola, entre desfiladeiros e vales apertados, entra em Portugal. Antes disso, faz fronteira entre Espanha e Portugal através do troço internacional do Tejo, com uma extensão de cerca de 50 km. As margens são rochosas e abruptas e o vale estreito (por exemplo, Portas do Ródão).
O leito está cheio de penedias, cascalho e algumas ilhas como a do Castelo de Almourol. De Abrantes até à foz, o Tejo corre nas planícies ribatejanas, onde deposita nateiros de grande fertilidade e provoca inundações catastróficas. O Tejo termina por um amplo e fundo estuário, que forma o mar da Palha e se aperta a 10 km da foz. Na margem direita do estuário situa-se a cidade de Lisboa.

A área da sua bacia hidrográfica é de 79 800 km2, dos quais 24 900 são em Portugal. O escoamento anual na foz do rio Tejo é, em média, de 17 080 hm3, sendo 6200 hm3 em Portugal e o restante em Espanha. Estima-se que a bacia hidrográfica do rio Tejo, em território nacional, apresente uma capacidade total de armazenamento de recursos hídricos na ordem dos 2750 hm3, em regime regularizado. Na bacia hidrográfica do rio Tejo é nítido o contraste entre os afluentes da margem norte, com elevadas disponibilidades de recursos hídricos em regime natural, e os afluentes da margem sul, bastante pobres em recursos hídricos.
Em território português o Tejo recebe da margem esquerda o Sever, o Sorraia e o Almansor que, à excepção do primeiro, são rios de planície com as mesmas características do Tejo na sua secção inferior.
Da margem direita o Tejo recebe os rios Erges, Ponsul, Ocreza, Zêzere, Alviela e Maior, que descem da montanha, quase todos de carácter torrencial, sendo o mais importante o Zêzere, que tem a sua origem na serra da Estrela - o maior centro de dispersão das águas do território português.

Rio Mira

Rio que nasce na serra do Caldeirão, a uma altitude de 470 metros e desagua no oceano Atlântico, junto de Vila Nova de Milfontes, após um percurso de 145 quilómetros. A bacia hidrográfica do rio Mira é limitada a norte pela bacia do Sado, a sul pelas bacias hidrográficas das ribeiras provenientes da serra de Monchique e a leste pela bacia hidrográfica do rio Guadiana. É um rio com fraco caudal e a área total da sua bacia hidrográfica é de 1800 km2. O escoamento anual na foz do rio Mira é, em média, de 300 hm3. Estima-se que a bacia hidrográfica do rio Mira apresente uma capacidade total de armazenamento de recursos hídricos na ordem dos 486 hm3, em regime regularizado.
Os principais afluentes são, na margem direita, a ribeira do Torgal e os rios Luzianes e Perna Seca e, na margem esquerda, os Macheira, Guilherme e Telhar. Os aproveitamentos de maior importância são, no próprio rio Mira, a albufeira de Santa Clara, com uma capacidade total de 485 hm3 e uma capacidade útil de 240,3 hm3; e a albufeira de Corte de Brique, na ribeira com o mesmo nome, com uma área de bacia hidrográfica de 212 km2 , uma capacidade total de 1,635 hm3 e uma capacidade útil de 1,46 hm3. O estuário do Mira tem cerca de 32 quilómetros de comprimento e uma largura máxima de 150 metros.
Junto de Vila Nova de Mil Fontes os seus fundos apresentam bancos de areia que ficam a descoberto na baixa mar e formam um sistema de canais.

Rio Guadiana

Um dos três grandes rios luso-espanhóis, o rio Guadiana drena uma área total de cerca de 72 100 km2, sendo 11 500 km2 em Portugal. Nasce em Espanha, na serra de Alcaraz, e serve de fronteira entre os dois países até ao ponto em que penetra em território português, a norte de Mourão, e toma a direcção norte-sul. O vale por ele formado encaixa-se na superfície polimórfica alentejana a partir da foz do Ardila, com muitos meandros e, entre Serpa e Mértola, apresenta rápidos e quedas de água sendo a mais importante a do Pulo do Lobo, que corresponde a um estreitamento súbito e desnivelado das suas margens. A partir de Mértola, o Guadiana torna-se navegável.
Volta a servir de fronteira entre Pomarão e Vila Real de Santo António, onde desagua no oceano Atlântico. Ao todo passa por cerca de 810 quilómetros, desde a sua nascente até à foz, percorrendo 260 quilómetros em Portugal, dos quais 110 servem de fronteira com Espanha.

Em Portugal o escoamento anual médio é de 1 900 hm3 e em Espanha é de 5 470 hm3, perfazendo um total de 7 370 hm3. Estima-se que a bacia hidrográfica do rio Guadiana, em território português, apresente uma capacidade total de armazenamento de recursos hídricos na ordem dos 460 hm3, em regime regularizado. Os espanhóis construíram no seu leito diversas barragens. Portugal, por sua vez, destinou-lhe um mega projecto, a construção da barragem do Alqueva, cuja água se destina a abastecer e irrigar uma boa parte do Alentejo, além de outros aproveitamentos de menor envergadura: albufeira do Caia, no rio Caia, com uma área de bacia hidrográfica de 571 km2, uma capacidade total de 203 hm3 e uma capacidade útil de 192,3 hm3; albufeira do Enxoé, na ribeira do Enxoé, com uma área de bacia hidrográfica de 60,5 km2 , uma capacidade total de 10,4 hm3 e uma capacidade útil de 9,5 hm3; albufeira do Lucefecit, na ribeira do Lucefecit, com uma área de bacia hidrográfica de 257 km2, uma capacidade total de 10,22 hm3 e uma capacidade útil de 8,99 hm3; albufeira do Monte Novo, no rio Degebe, com uma área de bacia hidrográfica de 262 km2, uma capacidade total de 15,28 hm3 e uma capacidade útil de 14,78 hm3; e a albufeira da Vigia, na ribeira do Vale de Vasco, com uma área de bacia hidrográfica de 125 Km2, uma capacidade total de 16,725 hm3 e uma capacidade útil de 15,5 hm3.
O rio Guadiana possui um caudal muito variável, quer à escala sazonal, quer à escala inter-anual: em situação de tempestade o caudal pode exceder os 10 000 m3/s, mas, no Verão, são frequentes as situações de caudal praticamente nulo. O caudal médio corresponde aproximadamente a 80 m3/s.
A sua bacia hidrográfica é aproveitada na Extremadura espanhola e na zona de Castilha-La Mancha, principalmente em planos de desenvolvimento e aproveitamento para a agricultura e pecuária. Em Portugal o seu aproveitamento nas províncias alentejanas (Alto e Baixo Alentejo) era, até há poucos anos, para a agricultura. Com o projecto de Alqueva, supõe-se que as suas águas vão mais longe; quando todo o plano de rega estiver em funcionamento, o Alentejo poderá então deixar as tradicionais culturas de sequeiro e passar às culturas de regadio.

O estuário é alongado e estreito, típico de um rio de vale encaixado; no entanto, na região correspondente à foz, surgem áreas de sapal - na margem portuguesa, trata-se do sapal de Castro Marim e, na margem espanhola, do sapal de Ayamonte. Ambas as regiões de sapal são zonas protegidas, com estatuto de Reserva Natural, constituindo importantes locais de invernada para numerosas espécies limícolas e locais privilegiados para a reprodução de peixes, moluscos e crustáceos.

Sado características

Nascente
Serra da Vigia
(Serra do Caldeirão)
Foz
Setúbal
Cumprimento
150 Km
Área de bacia hidrográfica
7640 Km²
Principais afluentes
Ribeirão Roxo
Ribeir da Figueira
Barreira de Odivelas
Xarrama
Ribeira de Alcáçovas
Ribeira de S. Martinho
Marateca
Ribeira de Campilhos
Ribeira de Alvalade
Corona
Arcão
Navegabilidade
46Km (Poro de Rei)
Caudal Médio Anual
Na estação mais próxima da foz
8,69 m³/s
Inclinação média
0,087%

O rio Sado também antigamente designado por Sadão ou Sadam, é um rio do sul vindo do Algarve, correndo ao longo do Alentejo, primeiro paralelamente à orla do mar Atlântico, depois desaguando perpendicularmente a ele. Na serra algarvia começa na Vigia e acaba junto à península de Setúbal. Verdadeiramente, o rio só começa a ser rio na voz do povo quando as águas se engrossam pela junção de Damine, do Xarrama aos do próprio Sado, do sítio precisamente chamado de Porto d’el Rei. Além dos referidos, são os seus afluentes. Da margem direita, o Odivelas, o S. Martinho e o Marateca, e da margem esquerda, o Chapilhas, o Corona e o Arção. Um rio assim engrossado de águas toma a direcção de norte e mantém-na sensivelmente até Alcácer do Sal onde, quase bruscamente, corre para todos os lugares do ocidente, para poder desaguar, já não no Tejo como na sua direcção previa, mas no oceano. Durante os seus 150 km de extensão, poderia já ser navegável até metade do seu curso, numa progressividade que se reforça à medida que se vai aproximando das águas do mar. Para isso conta a afluência referida anteriormente, num total de doze rios dignos desse nome, se tivermos em conta a relação com as terras áridas por onde correm, e com o clima seco que ali faz.

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Rio Grande

...CASE ANALYSIS: RIO GRANDE SUPPLY COMPANY PROBLEM STATEMENT 1. Facts of the case  Rio Grande Supply Company is a Texas-based wholesale plumbing supply company - Promotes integrity, honesty and a respect for each individual employee as the company’s values  Has very strict policy on computer use; only for business-related activities Jasper Hennings, President, believes that a company’s top executives were largely responsible for determining a firm’s corporate culture  Henry Darger, hard-working chief of staff and a member of Jasper Hennings’ church - fired a female employee for accessing another worker’s email. - his young nephew had committed suicide and a business he’d helped his wife start had failed.  used company computer to access pornographic sites. Female employee, fired by Henry Darger for having accessed another worker’s email surreptitiously. 2. Statement of the problem How will Jasper Hennings handle the situation involving his chief of staff, Henry Darger and the female employee KEY OBJECTIVES  To define a specific course of action for Jasper Hennings involving Henry Darger and a female employee, whom Henry Darger fired DIAGNOSIS AND ANALYSIS OF CAUSES An organization’s values serve as the guiding principle that are most important in performing work and achieving goals. These values are shared amongst all employees to help them determine what is right and wrong. Values shape the culture of the organization...

Words: 913 - Pages: 4

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Rio Grande

...Case Study: Rio Grande Medical Center Domonique Chapman HCM 733 F1WW Professor Edward Schaffer July 13, 2014 Justification of Additional Space Based on my interpretation of the allocation costs for the Outpatient Clinic Advantages & Disadvantages Facility Allocation Recommendation for Final Allocation References Case Study: Rio Grande, Week 2 Learning Outcome: Justify an indirect cost allocation scheme for outpatient services for a healthcare organization. | Score | | Below Expectations0 – 15 | Approaches Expectations16 - 17 | Meets Expectations18 - 20 | | 1. Justification of additional space for Outpatient Clinic | Justification of additional space for Outpatient Clinic is insufficient. | Justification of additional space for Outpatient Clinic is sufficient. | Justification of additional space for Outpatient Clinic is comprehensive. | | | Below Expectations0 – 11 | Approaches Expectations12 - 13 | Meets Expectations14 - 15 | | 2. Discussion of advantages and disadvantages of new methodology and justification | Discussion of advantages and disadvantages of new methodology and justification is insufficient. | Discussion of advantages and disadvantages of new methodology and justification is sufficient. | Discussion of advantages and disadvantages of new methodology and justification is comprehensive. | | | Below Expectations0 – 11 | Approaches Expectations12 - 13 | Meets Expectations14 - 15 | | 3. Facility allocation...

Words: 408 - Pages: 2

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Rio Grande

...Rio Grande Supply Co. Objective: To determine the appropriate action of Jasper Hennings as the president of the company to the two employee, Henry Darger the chief of operations and the female employee that Henry Darger fired. Statement of the Problem: How does Jasper Hennings the president of the Rio Grande Supply Co. handle the issue of Henry Darger by firing the female employee by following the company’s values it adopted: integrity, honesty, and a respect for each individual employee? Analysis of the Problem: Jasper Henning can fire Henry Darger but it is costly and it is hard to find another employee that could fit the position of Henry Darger. But I suggest not to fire Henry Darger but send him in a counseling procedures in order to give him the correct punishment. Also I suggest to hire the female employee and send him also to counseling. Questions: 1) What environmental factors have helped to create the situation Jasper Hennings faces? What factors does Jasper need to consider when deciding on his course of action? 2) Analyze Rio Grande’s Culture. In addition to the expressed cultural values and beliefs, what other subconscious values and beliefs do you detect? Are conflicting values present? When values are in conflict, how would you decide which ones take precedence? 3) Assume you are Jasper. What are the first two action steps you would take to handle the Henry Darger situation? How would your role as a cultural leader influence...

Words: 474 - Pages: 2

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Rio Tinto

...Executive Summary  Rio Tinto, which bases its headquarters in the United Kingdom, has 71,000 workforces working across more than 40 countries including Japan. Being a leading global mining and metals corporation, it is rich in resources, human recourses and capabilities in responding to the demand for metals and minerals necessary to produce in diverse products, ranging from mobile phones to cars. It is focusing on searching, mining and processing the Earth's mineral resources as an effort to maximize shareholders’ value (Rio Tinto 2012).  Rio Tinto, Japan faced a great deal of issues due to the earthquake (Vibert 2011). For instance, employees are losing of direction when business is to recommence. Most of the infrastructures such as power systems, public transports and communication channels in disaster-affected areas are destroyed. Furthermore, there are a great deals of uncertainties arose due to the earthquake and its aftermath especially the effect of radioactive contamination on water supply. Lacking of medical infrastructures to help the injuries as their numbers exceeds the affordability of the hospitals is also a concern. Rio Tinto has to act as a corporate residence and deal with these to assure shareholders’ return. This report aims to suggest a solution to deal with the issues identified. The report contains decision criteria acting as targets and measures for the recommendations. TOWS analysis is then put the Rio Tinto’s strength, weaknesses, opportunities and...

Words: 275 - Pages: 2

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...Executive Summary Rio Tinto, which bases its headquarters in the United Kingdom, has 71,000 workforces working across more than 40 countries including Japan. Being a leading global mining and metals corporation, it is rich in resources, human recourses and capabilities in responding to the demand for metals and minerals necessary to produce in diverse products, ranging from mobile phones to cars. It is focusing on searching, mining and processing the Earth's mineral resources as an effort to maximize shareholders’ value (Rio Tinto 2012). Rio Tinto, Japan faced a great deal of issues due to the earthquake (Vibert 2011). For instance, employees are losing of direction when business is to recommence. Most of the infrastructures such as power systems, public transports and communication channels in disaster-affected areas are destroyed. Furthermore, there are a great deals of uncertainties arose due to the earthquake and its aftermath especially the effect of radioactive contamination on water supply. Lacking of medical infrastructures to help the injuries as their numbers exceeds the affordability of the hospitals is also a concern. Rio Tinto has to act as a corporate residence and deal with these to assure shareholders’ return. This report aims to suggest a solution to deal with the issues identified. The report contains decision criteria acting as targets and measures for the recommendations. TOWS analysis is then put the Rio Tinto’s strength, weaknesses, opportunities and...

Words: 1795 - Pages: 8

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Bhp and Rio Merger

........2 1.4 Delimitations..............................................................................................................................3 2. Industry Analysis .................................................................................................................................3 3. BHP Billiton ........................................................................................................................................4 3.1 Background ................................................................................................................................4 3.2 Financial Standing .....................................................................................................................4 4. Rio Tinto ..............................................................................................................................................5 4.1 Background ................................................................................................................................5 4.2 2012 Performance and Uncertain Future ...................................................................................5 5. Merger...

Words: 5085 - Pages: 21

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Rio Grande Medical Center

...in Student Version Copyright 2010 8/24/09 by FACHE RIO GRANDE MEDICAL CENTER Cost Allocation Concepts This case focuses on cost allocation concepts, specifically the fairness and incentives created by a new allocation system applied to a department that is moving to a new, stand-alone facility. The primary thrust of the case is qualitative rather than quantitative, but this model can be used to compare results under alternative allocation schemes. The model consists of a complete base case analysis--no changes need to be made to the existing MODEL-GENERATED DATA section. However, in the student version all values in the INPUT DATA section have been replaced with zeros. Thus, students must enter the appropriate values into the red cells that currently contain a zero or hyphen. When this is done, any error cells will be corrected and the base case solution will appear. Note that the model does not contain any uncertainty analyses, so students will have to create their own if required by the case. Furthermore, students must create their own graphics output (charts) as needed to present their results. INPUT DATA: KEY OUTPUT: Dialysis Center Data: Dialysis...

Words: 515 - Pages: 3

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Rio Tinto Essay

...could be beneficial. As a result, the business relationship between Australia and China has been consolidated during these trading years. China is the second largest export market after Japan and third largest trading partner for Australia. Alternatively Australia is the ninth largest trading partner for China, thus the bilateral trade volume is increased annually in the growth rate of 30 percent (Moens.G,2007,p.56). Rio Tinto is the one, powerful multinational mining and metal company which is operated business to greatly import its porducts to China as the 19 percentage of company’s revenue is acquired from China market in 2008 (Chen, S. 2010). After Rio was declined an offer of $US20 billion from the state owned Chinalco, the arrest and sentence of Stern Hu and his colleagues in 2009 was occured for allegations of bribery about $US14 million and stealing business secrets from state-run steel company. Consequently the China Iron and Steel Association reflected by the action of stop buying iron ore for the next two months from Brazil’s Vale, BHP Billiton and Rio Tinto (Mascitelli&Chung, 2011). As a result the trade relationship between Australian and China is collapsed in some way that Foreign Minister Stephen Smith said transparency and openness could have facilitated Australia and the international business community in understanding and dealing with the matter (Sainsbury,M.2010). The case has raised the cold war tension between the essential economic relationship between...

Words: 1012 - Pages: 5

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Rio Blocos Essay

...Brazil is centered around local traditions and celebrations that are both secular and sacred. Celebrations such as capoeira, the national sport, the cult of soccer, Catholic holidays, rituals of the local religion such as Candomble, and the earthly revelry of Carnival are just a few of the festivities that go on in Brazil. Carnival is a traditional festival of decadence before Lent begins, it is celebrated widely across Brazil. Rio de Janeiro and Salvador host huge parades involving performers who spend months preparing. Local community bands play throughout Rio’s neighborhoods for two weeks preceding the festival, also fancy balls take place throughout the city’s more upscale venues, this is called ‘blocos’. Blocos has two things that the citizens of Rio enjoy the most, this being The Copacabana Palace Ball and crowding the streets to watch the Samba School Parade from Sunday night into early Monday morning. Carnival originated in the 1830s as a continuation of the Portuguese tradition of celebrating and indulging on the day before Lent begins. Rio is also home to...

Words: 902 - Pages: 4

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Rio Tinto Indigenous Booklet

...case study is about Rio Tinto, a mining firm that is carrying out a program concerning the employment of aboriginal people in Australia. The firm actually works with local indigenous communities, and was one of the first organisations to take into contract with the state. That is, the business will have to sign the contract of employing indigenous workers and supporting them in their placement, training and maintaining their posts (Rio Tinto, 2013) STAKEHOLDERS A stakeholder is a group, or a person like workers that has a direct interest in an organisation’s performance, operations and the organisation is affected by them as well as the stakeholders also are affected by the business (Raymond 2010, 14) The stakeholders involved are the indigenous people itself, the present staff, the state, special interest groups and shareholders. Furthermore, the indigenous people are classified as stakeholder as they are affected when there is the selection process while recruiting staff and the company is influenced by them because it has to look for better candidates among these aboriginal people and they will finally be part of the labour force. Moreover in the program that is being carried out, the new recruits would be provided with training as they are not that educated. There is also good environment condition that is being given to them with their jobs being secured. And also concerning the learners, that is those from the tertiary and secondary school Rio is allowing them...

Words: 1788 - Pages: 8

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Bhp Billiton - Rio Tinto

...EXECUTIVE SUMMARY The report aim’s to examine the annual reports of Australia’s two largest mining companies BHP Billiton and Rio Tinto and analyse their cash flow statements. The analysis requires evaluating the cash flow performance of these companies during the global financial crisis 2007- 2009.The global financial crises were originated in US because of the bloom/bubble in the housing prices. During global financial crisis many financial institutions failed to recoup their money from lenders and finally ended up declaring bankruptcy. The purpose of the cash flow statements is to provide information about the changes to an entity’s cash and cash equivalents over certain period of time. The cash flow from operating activities of the both companies shows both positive and negative signs as the companies were going through recession. Whereas both companies used external and equity source financing and thus made an efficient cost effective decisions from which BHP Billiton benefited the most. Finally it’s concluded that the both companies were successful in overcoming global financial crisis and alternative strategies affecting the profitability of the companies were presented. Introduction Last three years has faced the worst global financial crisis after the great depression of 1929-1933. The origin of global financial crisis was mainly in US starting from mid 2000’s and taking the whole world into account by the end of 2007. The main reason of the crisis...

Words: 2721 - Pages: 11

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Place Attachment- Rio de Janeiro

...City Luana Zap University of Minnesota Abstract Memorable places are mysterious sources of happiness in each person as their remembrances of these arise. Rio de Janeiro has that special ability of brightening up my day simply from the memories that come up as I recall my family and my trip to this unforgettably Marvelous City in 2013. My expectations of this place were based off previous knowledge of its wonderful scenery, which was the main purpose for our destination choice. I soon discovered though, that Rio is a magical place, full of surprises at every corner as smells, touch and taste even, add to the experience of viewing such amazing landscapes. It became a memorable place in no time, as it provided a perfect setting for the formation of pleasant moments with my family. I sensed a bond created between this location and myself throughout the trip, which is understood through the analysis of the place attachment theory. Each of three dimensions in the PPP model used by Scannel and Gifford influenced the way in which this strong connection was formed. The aspects, person, process and place demonstrate how one’s cultural background could create more powerful links between an individual and their immediate environment. The use of space as a method of interaction, or the proxemics theory, also shows reasons why Rio de Janeiro became so memorable to me by explaining how distinct distances are used by different cultures in order to effectively communicate. The Unforgettable...

Words: 2588 - Pages: 11

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Social Differences in Rio de Janeiro

...Zwei Welten auf einer Straβe: Soziale Unterschiede in Rio Rio De Janeiro, auch bekannt als "Die wunderbare Stadt" ist ein Name, der die Aufmerksamkeit der Menschen anzieht. Abgesehen von ihrer außergewöhnlichen natürlichen Schönheit und ihre Geschichte und Erbe, ist Rio De Janeiro auch die Hauptattraktion für Touristen aus der ganzen Welt und ist eine der meistbesuchten Städte in Brasilien. Aber diese "wunderbare" Stadt ist auch für eine Sache bekannt: die hohe Soziale Unterschiede. Auf der einen Seite der Straße stehen die Herrenhäuser während auf der anderen Seite die schmutzigsten Slums. Während die reichen ihre Zeit in fabelhaften Restaurants und glamourösen Strände geniessen, müssen die Armen genügende Münzen zusammenkratzen, um ihre Familie zu ernähren. Die Menschen beten täglich für Abwechslung. Sogar die kleinen Kinder beten für eine Ausbildung, für Lebensmittel, für sauberes Wasser. Leben werden von Krankheiten und Infektionen genommen, die geheilt werden könnten, aber die Menschen sind zu arm, um sich die richtige Medikamente zu leisten. Sie sind von Gewalt und Kriminalität, Drogen und bewaffneten Banden regiert, und ihre traurigen Stimmen können nicht gehört werden. Die Stadt ist zu sehr damit beschäftigt, Vorbereitungen für die WM 2014 zu machen. Nach der bestätigung, dass Brasilien Gastgeber der Weltmeisterschaft sing, sind die Behörden von Rio De Janeiro in Slum-Gebieten gegangen haben die bewaffneten Banden gewaltsam evakuiert, viele unschuldige Bewohner...

Words: 295 - Pages: 2

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Sustainability Report Overview for Rio Tinto 2012

...Table of contents Executive summary i 1. Introduction 1 2. Motivation of publishing sustainability report 1 3. Key features of sustainability report 2 3.1 Completeness 2 3.2 Transparency 2 3.3 Comparability 2 4. Evaluation 3 4.1 Completeness 3 4.2 Transparency 3 4.3 Comparability 3 5. Conclusion 4 6. References 5 Executive summary Sustainability report is a kind of report which results from sustainable development, it aims at helping company to have a better long-term performance. Sustainability report is characterized by a range of information include environmental, social and governance. Sustainability report has a great impact on investment decision and company's financial performance. The motivation of company publish the sustainability report is the benefits which include more profit, reputation, and support from government and consumer. The key features of the sustainability report contain completeness, transparency and comparability. 1 Introduction With the growing demand for meaningful, timely and comparable data, sustainability report becomes more and more popular; almost every company will publish their sustainability report. Thus, stakeholders put more attention...

Words: 1170 - Pages: 5

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Rio Bravo

... Print Name | Signature | ID Number | | | | | | | | | | | | | | | | Index 1. Executive summery 2. Introduction 3. Main body 3.1Operations management 3.2 Company culture 3.4 Balance score card. 4.Conclusion 5. Bibliography Executive summary Introduction In the Rio Bravo company it is important that, the leadership of the company if very motivated to work at the company. The operations management plan must be implemented according to the seven points listed in the main body. This will enable them to cover all requirements. The company culture should also be to the best standards. A balance scorecard will enable Rio Bravo to take measurement on current progress. Main Body An operations management plan should have been implemented, the following steps will be required to implement an operations management plan. The formulation required by Rio bravo would have to be as follow. 1. Customers 2. Company 3. Competitors 4. Design and organization 5. Capacity 6. Processing 7. Problem solving and control Customers Team up with customers and know your customers. Rio bravo did not team up with their customers...

Words: 1034 - Pages: 5